Esta frase basilar, própria da Doutrina Espírita, é uma proposição que pode ser levada para outras searas religiosas.
Afinal, a fé não é prerrogativa de crenças, mas um atributo do homem. No entanto, é comum encontrar pessoas com uma fé tradicional, convencional, aprendida com os pais ou nos templos que frequenta.
Esta fé superficial certamente não dá sustentação à pessoa nos momentos mais difíceis da vida, e menos ainda poderá ampará-la diante de questionamentos hoje comuns acerca da origem e finalidade da existência.
A verdadeira fé não teme a razão porque, estando amparada na própria racionalidade, não pode ser atingida em sua essência.
A verdadeira fé é dinâmica como a vida.
Se uma verdade nova se apresenta ela não sofre abalos por assimilá-la. Pelo contrário, a verdadeira fé busca a confirmação, o complemento, a correção de rota se for o caso, em função de seu próprio fortalecimento.
A razão fortalece a verdadeira fé, enquanto que a fé convencional, superficial, pode ser derrubada por um sopro, cai perante o menor argumento, donde surge o escudo do fanatismo, — uma fé já desnaturada e distorcida.
(De “Dia a Dia” – Conceitos para viver melhor — de Paulo R. Santos).
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