Conservar a coragem por
luz acesa, no centro de nossa alma, é serviço que apenas a fé invencível
consegue realizar.
Coragem de transpor os
espinheiros e os charcos da jornada humana...
Coragem de sorrir
compadecidamente para aqueles que nos magoam...
Coragem para ajudar aos
que nos ferem...
Coragem de recomeçar a
construção dos nossos ideais sobre as ruínas de nossos próprios sonhos...
Coragem de prosseguir
amando aqueles que se convertem, irrefletidamente, em adversários gratuitos de
nossa paz...
Coragem de usar a
tolerância para com o mal dos outros e de aplicar a justiça para com o mal de
nós mesmos...
É para essa coragem que
Jesus nos chama, da cruz de sacrifício em que nos legou o supremo perdão.
É preciso saber com Ele
“tudo perder para tudo encontrar”.
E, nas chagas de cada
dia, sobre a Terra, surpreendemos o abençoado ensejo de alijar as sombrias
cargas de nosso pretérito culposo para fruir a verdadeira felicidade a que o
Céu nos destina.
Para alcançarmos
semelhante vitória, porém, é necessário que a coragem seja a nossa companheira
de todos os instantes no pedregoso caminho de nossa ascenção.
Não podemos dispensar o
bom ânimo nas tarefas a que fomos arrebatados.
Procuremos observar a
vida não como a “existência fragmentária no século”, mas sim em sua totalidade
sublime. E estejamos certos de que na contemplação dessa realidade, viveremos
conformados ante os Desígnios de Deus que, pouco a pouco, ante a extinção das
causas de nossos padecimentos morais, nos modificarão a estrada no rumo
bem-aventurado do porvir.
Agar
(De “Relicário de Luz”, de Francisco Cândido Xavier – Autores
diversos)
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