Tão
importante quanto a chegada do ser espiritual ao corpo físico, no fenômeno da
reencarnação, é a sua saída do corpo fisiológico, quando da desencarnação.
Num caso, o evento
ganha aspecto de gravidade em função das responsabilidades trazidas à vida
física pelo reencarnante, as expectativas sobre os passos e caminhos a serem
percorridos no mundo corporal e quanto ao maior ou menor aproveitamento das
ocasiões com as quais o reencarnado se defrontará...
Porém, a gravidade da
saída das cadeias celulares está no fato de que nessa ocasião, ao termo de mais
uma etapa, estará determinado o nível dos méritos e dos deméritos desenvolvidos
pela alma desprendida do corpo carnal. Não há mais como remediar as decisões
mal tomadas, não há mais como voltar atrás quanto às providências que se
tornaram causa de perturbação ou tragédia para muitos ou para poucos.
A seriedade do momento
final do corpo orgânico está também nos registros psíquicos dos desencarnados e
na repercussão desses registros sobre o corpo espiritual ou períspirito.
A manutenção das
situações ruins ou a fruição das agradáveis estesias, tudo se intensifica por
meio da desencarnação.
No mundo das
mentalidades comuns, “morrer é descansar”. Poucos avaliam contudo, o que
significará “descansar” para quem converteu a etapa da vida corporal em
tormentoso inferno...
Há pessoas que dizem
que “quem morreu se libertou”. A que corresponderá “libertação” para quem
passou a vida corporal confeccionando cadeias e amarras, através de incontáveis
desestruturações”.
Há, ainda, quem afirme
que “quem morre vai para o céu” ou “para o inferno”, por causa dos parâmetros
ideológicos de suas crenças religiosas mal orientadas, ou de filosofias
estapafúrdias que são verdadeiros atentados à maturidade e ao bom senso.
A realidade do “céu” e
do “inferno” instala-se no interior de cada um pelo que fez ou deixou de fazer
ao longo da lida terrena.
Quanto a você, como se
acham as suas concepções em relação à “morte”? Já se deixou envolver pelas
claridades dos ensinamentos de Jesus, que o Espiritismo reforça, ou ainda vem
se arrastando por entre medos e superstições, escravizado pela ignorância que
maltrata a tanta gente?
Para aperceber-se do
seu nível de maturidade perante a morte, bastará que analise como vem se
pautando no seio da reencarnação. O dito popular que exprime que “tal vida, tal
morte”, analisado em termos espirituais é corretíssimo. Valendo-nos desse
refrão, poderemos estabelecer que “tal sua visão da vida, tal será sua visão da
morte”.
Assim, procure pensar
nas responsabilidades do renascimento da alma em novo corpo físico, quando ela
chega repleta de sonhos de progresso e embelezamento, mas não perca a seriedade
quanto à experiência oposta, ou seja, a do processo fisiológico, quando ela
retorna ao Grande Lar com a leveza ou com o peso do que haja realizado de nobre
ou de desastroso, o que o ajudará muito a pautar-se bem no trajeto terreno,
desenvolvendo relação de madureza com as questão do passamento.
Não há porque temer-se
a morte, quando se vive reta e dignamente. Não há porque contar com regalias
celestiais após a vida física, quando a sua rota humana segue marcada pela
inconsequência, por inconsistências morais, ou por descaso para com as “coisas
do Alto”.
Apoie-se no bem
continuado, seja onde, como ou com quem for, e, sem qualquer temor ou
preocupação, ponha-se nas Mãos de Deus para que Ele decida qual será o melhor
tempo, ideal momento, para que você retorne, fortalecido e protegido pelas
venturosas coberturas que você vem construindo para si mesmo.
Meditação:
Orai e crede! Pois que a morte é as ressurreição, sendo a vida a prova
buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se
desenvolverão como o cedro. (Cap. VI, item 5, segundo parágrafo, ESE).
(De “Para uso diário”,
de J. Raul Teixeira, pelo Espírito Joanes)
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