sábado, 24 de dezembro de 2011

Administrando Inquietudes!


Há muito tempo eu nada dizia.
Parecia-me que eu não tinha língua. Cortaram-na.
Também não podia enxergar porque partículas de luzes ofuscavam minha visão.
Não sabia mais discernir o que estava correto ou não.
Porque minha paciência estava tão grande, suportando tudo calada que já estava se tornando hábito na minha vida.
Conheci um senhor que resolveu me perguntar a todos os instantes que horas eram no meu relógio. Respondia todos os momentos a sua pergunta lhe dando as horas do meu relógio.
Passado muito tempo, já cansada de lhe responder parei de falar. Não quis mais lhe responder. Ele bravamente não suportava meu silencio. O tempo foi passando e ele cansado de fazer perguntas e não obter respostas foi ficando um bicho furioso. E eu, calmamente assistia as cenas.
Chegou então um dia que ele parou bem na minha frente. – Perguntou-me; - Por que não responde mais que horas são?
Eu lhe disse pacientemente. - Porque meu relógio se quebrou. Os ponteiros não andam nem para frente e nem pra trás. Está parado.


Parado como você e eu. Cada um olha o que quer e como quer. No passado as cenas eram uma. No futuro projeções de outras, e no presente, uma briga entre nós para saber quem mais poderia resolver um conflito gerado pelas respostas não dadas.
Porém aprendi que respostas não devem ser dadas. Elas são como um metal.
Nem ouro e nem prata. Quem quiser entender o outro tem que aprender lapidar para ver seu ouro. É isso.
Uma pequena vibração de um espírito em evolução com o nome de Cindy.

Até breve, e vou voltar.