Na marcha do dia-a-dia, urge harmonizar as manifestações
de nossas qualidades com o espírito de proporção e proveito, a fim de que o
extremismo não nos imponha acidentes, no trânsito de nossas tarefas e
relações.
Energia na fé; não demais que tombe em
fanatismo.
Brandura na bondade; não demais que entremostre
relaxamento.
Energia na convicção; não demais que se transforme em
teimosia.
Brandura na humildade; não demais que degenere em
servilismo.
Energia na justiça; não demais que seja
crueldade.
Brandura na gentileza; não demais que denuncie
bajulação.
Energia na sinceridade; não demais que descambe no
desrespeito.
Brandura na paz; não demais que se acomode em
preguiça.
Energia na coragem; não demais que se faça
temeridade.
Brandura na prudência; não demais que se recolha em
comodismo.
No
caminho da vida, há que aprender com a própria vida.
Vejamos o carro moderno nas viagens de hoje; nem passo a
passo, porque isso seria ignorar o progresso, diante do motor para descer ao
desastre e à morte prematura.
Em
tudo, equilíbrio, porque, se tivermos equilíbrio, asseguraremos, em toda parte e
em qualquer tempo, a presença da caridade e da paciência, em nós mesmos, as duas
guardiãs capazes de garantir-nos trajeto seguro e chegada
feliz.
(De “Alma e Coração”, de Francisco Cândido Xavier, pelo
Espírito
Emmanuel)