sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Entender e tolerar




       Compreensão regendo a tolerância, nas crises e obstáculos do caminho — eis a fórmula para a garantia da paz.
        A própria Natureza é um livro de preceitos nesse sentido.
        Ninguém reclama flores da planta nascente e nem aguardo fruto imediato da flor, quando a flor aparece.
        A água é ingrediente precioso na construção; entretanto, só a pedra é capaz de escorar o edifício com mais segurança.
        Reflete-se a luz num espelho comum; contudo, só se fixa na lâmpada.
        Ocorre o mesmo no campo humano.
        Não se pede à criança para que caminhe com os movimentos do adulto e nem se espera de uma pessoa hospitalizada, em estado grave, comportamento igual ao daquela outra que usufrui tranquilidade no lar.
        Um musicista perfeito pode não ter a menor experiência de flutuação e mergulho em assuntos de natação, e um nadador emérito, em muitos casos, desconhece totalmente o que seja pauta e clave, em matéria de música.
        Acontece ainda o mesmo, no terreno do espírito.
        Aqueles que te ofendem talvez ainda não se tenham voltado para o estudo dos princípios de causa e efeito, e quem escarnece de tua dor decerto ainda não experimentou receber a visita da provação, que a todos nos procura, com tempo certo, em nome da evolução.
        Por isso mesmo, não percas tempo e esperança, paz e otimismo, quando alguém te não entenda ou te fira o coração.
        Saibamos suportar as dificuldades dos outros, como temos sido suportados, em nossas dificuldades. E amando e servindo sempre, aprenderemos que a Vida, em nome de Deus, tem lugar para todos, e que Deus, dentro da Vida, tem bastante amor para cada um.


(De “Escrínio de Luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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