quinta-feira, 28 de março de 2013

FELIZ PÁSCOA!


OBJETIVOS PARA VIVER



 
Existir significa ter vida, fazer parte do Universo, contribuir para a harmonia do Cosmo.
 
Assim, a vida que pulsa na intimidade de cada um de nós é convite de Deus para nos integrarmos a Ele, ao Universo, visto sermos dEle os filhos diletos.
 
E a busca por um sentido, por entender a vida com um significado especial, é a força propulsora para o progresso.
 
Todo aquele que encontra um objetivo para viver, sejam seus ideais, suas necessidades ou mesmo suas ambições, terá em sua vida um sentido maior.
 
Mesmo sob cruciais e pesadas tormentas, o objetivo a se alcançar será sempre a mola propulsora.
 
Afinal, quando se tem o porquê viver, a forma como se vive, até que se atinja o objetivo desejado, torna-se secundária.
 
Viktor Frankl, psiquiatra judeu, afirmou que somente venceu os suplícios dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial porque conseguiu encontrar um nobre objetivo para quando saísse de lá.
 
Ele tinha três razões para viver: sua fé, sua vocação e a esperança de reencontrar a esposa. Ali onde tantos perderam tudo, Frankl reconquistou não somente a vida, mas algo maior.
 
Assim, enquanto tantos resvalavam na fuga pelo suicídio, nos dias de confinamento, ele superou as dores físicas e morais, ao se apoiar nos objetivos que se propôs alcançar.
 
Thomas Alva Edison, após mais de dois mil experimentos, mantinha o mesmo ânimo na busca de soluções para a criação da lâmpada elétrica, impulsionado que estava pelo objetivo da descoberta e da criação.
 
Muitos aposentados e idosos, depressivos diversos, que se neurotizaram, recuperam-se através do serviço ao próximo, da autodoação à comunidade, do labor em grupo, sem interesse pecuniário, reinventando razões e motivos para serem úteis, assim rompendo o refúgio sombrio da perda do sentido existencial.
 
Sem meta não se vive. Mas essa se trata sempre de um sentido pessoal, que ninguém pode oferecer e que é particular a cada qual.
 
Não por outra forma que, comumente, pessoas atuantes, vibrantes, quando perdem o objetivo pelo qual pautavam a vida, resvalam nos sombrios caminhos da depressão.
 
Assim, cabe a cada um de nós não se esquecer do significado maior da vida. Se os parâmetros externos modificam-se, se a vida se altera, é natural que nossos objetivos também sigam curso semelhante.
 
Porém, não esqueçamos que será sempre objetivo de todos nós a busca da construção íntima através do desenvolvimento intelectual e das conquistas morais.
 
Será a conjugação desses dois valores que proporcionarão bem-estar interior e plenitude.
 
Quem percebe a vida como uma oportunidade constante e inesgotável de progresso e conquistas, jamais deixará de possuir objetivos, pois terá como meta maior a construção da plenitude existencial na intimidade da alma.
 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 5, do livro Amor, imbatível amor, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
 
Em 1.9.2012.
 
* * *
 
OBJETIVO NATURAL
(Estudo in O Livro dos Espíritos: Elio Mollo)
 
No Universo, tudo se serve, tudo se encadeia por liames que ainda não conseguimos perceber na sua amplidão.

Na Natureza, tudo se harmoniza através de leis gerais e, nessa admirável harmonia que acontece através da solidariedade dos seres que habitam todos os reinos da natureza, eles progridem, se aperfeiçoam, se depuram, concorrendo dessa forma para o cumprimento dos desígnios da Providência.

No Universo a vida é uma ocupação contínua. No momento em que o princípio inteligente atinge o grau necessário para ser Espírito e entra no período de humanidade, a luz, para ele, se mostrará cada vez mais ampla, e ele passará a perceber cada vez melhor que todos devem percorrer os diferentes graus da escala de cada reino ou classe espírita para se aperfeiçoarem e, que ele, qualquer que seja o seu grau de adiantamento, sua situação, estará sempre colocado entre um superior que o guia e aperfeiçoa e um inferior perante o qual terá deveres iguais a cumprir, cujo objetivo natural, é fazer tudo tender na direção da Unidade (Perfeição), conforme se pode observar nas respostas dos Espíritos às questões 540, 558, 561, 566, 573, 604, 607a, 611 e 888a de O Livro dos Espíritos, obra codificada por Allan Kardec.


terça-feira, 26 de março de 2013

COMO CONSOLAR





Como quem se despe num dia de frio, e como vinagre sobre feridas, assim é o que entoa canções junto ao coração do aflito. Pv. 25:20.
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Consolar é uma arte, pode-se dizer, engenhosa, que requer muito discernimento e aplicação das leis que aprendemos no Evangelho de Jesus. O faminto pede com urgência o pão, para depois ouvir conselhos sobre o trabalho.
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Confortar alguém com certos problemas requer muita compreensão. Ensinar pela teoria é muito fácil, mas nos colocando no lugar do sofredor mudamos de opinião e passamos a ajudá-lo de forma diferente, pelo exemplo.
Animar o doente nas horas de angústia é o nosso dever comum, mas, não devemos esquecer dos remédios ou de encaminhá-lo para o melhor tratamento.
Suavizar o desespero dos nus é gesto cristão, porém, ofertar-lhes roupas para vestir é a caridade nas linhas de frente.
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Compensar o sedento com palavras bem postas é muito bom para quem ouve, se primeiro entregarmos em suas mãos um copo de água fresca.
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Consorciemos, pois, com todos os tipos de infortúnios, aliemo-nos com todos os sofredores, sem nos afastarmos dos doentes e famintos de justiça, sem esquecermos que não devemos sofrer com eles, e sim ajudá-los para que eles possam sorrir conosco no empenho com o Cristo.
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A nossa obrigação é ajudar no alívio das criaturas, é fazer qual o cireneu na subida do Calvário, ajudando o Mestre, mas, nunca querer transferir o fardo de alguém para os nossos ombros, pois, já temos os nossos.
Como consolar certo, é uma ciência que depende de muita atenção, da ajuda do raciocínio e da inspiração dos sentimentos elevados, porque somente acertamos quando Deus fala pela nossa boca e, para tanto, preciso é que tenhamos AMOR.
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O consolo referido no versículo de Salomão é como o vento que passa sem qualquer benefício, por não participar das canções, a ação do bem.
(De “Gotas do Bem”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Carlos)

segunda-feira, 25 de março de 2013

CONCORDAR EM DISCORDAR SEM BRIGAR




        Eis uma fórmula de se viver em paz; concordar em discordar sem brigar.
        Quando concordarmos em que as pessoas discordem de nós, e aceitamos ouvir com naturalidade os motivos que as levam a não estarem de acordo conosco, é bem possível que aprendamos muita coisa. Podemos também ensinar, pois quando duas pessoas se dispõem a conversar, falando e ouvindo, com isenção de ânimo, naturalmente, dessa troca de opiniões e experiências, muita luz se fará para ambas as partes.
        Convenhamos que não damos um passo à frente, quando nos fixamos num ponto e ali permanecemos obstinados, não admitindo que possamos estar errados.
        Da troca de ideias com outros, poderíamos reformular nossos pontos de vista, ou reafirmá-los na convicção de que estamos certos.
        Não cristalizemos nossos conhecimentos!
        Através do diálogo amigo, racional, educado e sem pretensão, melhoraríamos nossa visão da vida e das coisas, e também ajudaríamos a enriquecer o patrimônio de outrem.
        Aquele que se fecha e não admite o diálogo de pontos de vista, revidando ofensivamente qualquer aproximação, qualquer discordância relativa a seu modo de pensar, ainda não se capacitou de que ninguém evolui sozinho; não compreendeu a própria observação consciente dos desequilíbrios, que nos leva ao esforço retificador e promove o reequilíbrio. Portanto, sejamos compreensivos e não esperemos que batam palmas a tudo o que fizermos ou dissermos. Aceitemos como amigos os que discordarem de nós, amigos que nos vêm oferecer algo muito valioso — a oportunidade de entendermos que todos têm sua maneira particular de ser e cada pessoa é a mensagem de sua vida, e que tudo é válido, entre acertos e desacertos, no concerto de valores.
        Procuremos ser simples, humildes, autênticos e deixemos que os outros também ajam da mesma forma, dizendo o que pensam das nossas palavras e dos nossos atos.
        Não mudaremos o nosso modo de ser, não trocaremos nossa personalidade; mas poderemos aprimorar o que somos e o que sabemos, se concordarmos em discordar sem brigar.


(De “Conversa com a vida”, de Cenyra Pinto)
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sexta-feira, 22 de março de 2013

A MELHOR PARTE DE AMAR



As declarações de amor revelam muito do que vai em nossa alma. Por vezes elas nos descrevem com perfeição.
Elas contam se somos possessivos ou ciumentos, se deixamos espaço para o outro crescer como indivíduo ou não.
Por exemplo, quando somos enfáticos demais no Eu preciso de você; no Não consigo viver sem você, revelamos, mesmo sem querer, que nosso amor é mais carência do que doação.
Amar o outro, tendo, como razão e sustento desse amor, tudo aquilo que o outro nos dá, isto é, tudo que recebemos do parceiro, é certamente um amar frágil, que pode não se manter por muito tempo.
Basta que o outro não mais nos forneça o que estava nos oferecendo, que não mais atenda nossas expectativas, para que todo aquele dito grande amor desapareça, como em um passe de mágica.
Recentemente, ouvimos uma declaração de amor que nos chamou a atenção, por apontar uma direção um pouco diferente da comum.
Dizia assim:
A melhor parte de amar é ser o alguém de outra pessoa, e eu quero ser este alguém, o seu alguém...
Vejamos que o princípio por trás da frase é diferente, e bastante nobre. Muito mais compatível com o verdadeiro sentido do amor, o amor maduro.
Querer ser o alguém da outra pessoa é identificar que o outro também tem expectativas, que também quer ser amado, e se colocar na posição de dar-se ao outro, e não só na de receber, o que é bastante egoísta.
As jovens e os jovens, em determinada idade, quando das primeiras paixões, chegam a fazer listas de exigências. Como ele ou ela precisam ser para ganhar o meu coração?...
Notemos que, em momento algum, consideramos que o outro também tem sua lista, suas expectativas. Pensamos apenas em preencher a nossa, o que eu quero, o que eu sonho.
Mas e o outro? Não tem sonhos? Será que podemos atender aos anelos da outra pessoa? Será que preenchemos a lista dele ou dela? E que esforços fazemos para isso?
Assim, querer ser o alguém do outro é levar tudo isso em consideração sempre, e não apenas exigir e exigir constantemente.
Nesse nível de amor perceberemos que o que nos completa, o que nos faz feliz numa relação, é também o quanto fazemos pelo outro, o quanto nos doamos à outra pessoa.
Dessa forma, esse patamar de amor nunca nos fará frustrados.
Precisamos enxergar a tal via de mão dupla das relações amorosas, através de uma nova perspectiva, mais inteligente e mais altruísta.
Querer ter outra pessoa ao lado, apenas para nos preencher, como se diz, é muito perigoso e frágil.
A relação a dois é muito mais do que isso.
Amar precisa sempre vir antes do ser amado.
É o amar que nos fará grandes no Universo e não o ser amado.
Foi o amar de tantos Espíritos iluminados que garantiu que a Terra continuasse a existir, e não sucumbisse por inteiro nas mãos do orgulho e do egoísmo.
Que eu procure mais amar do que ser amado, pois é dando que se recebe...

Redação do Momento Espírita.
Em 4.9.2012.

VIDA FELIZ





          No teu local de trabalho descobrirás, talvez, conspiradores da tua paz.
        O mundo é uma arena ampliada, e as pessoas desprevenidas, ao invés de se amarem umas às outras, armam-se umas contra as outras.
        Em algumas circunstâncias tornam-se feras inconscientes que apenas reagem, sempre assumindo posturas inadequadas à
sua situação de humanidade, buscando tomar o lugar dos outros, derrubar, ver sofrer...
        Evita essa competição criminosa, essa disputa desequilibradora, atuando com retidão e consciência.
        A tua parte ninguém tomará, nem o teu mérito calúnia alguma ofuscará.
        Age, pois, com correção e fica tranquilo.

(De “Vida Feliz”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)
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sábado, 16 de março de 2013

ENERGIA E BRANDURA



       Na marcha do dia-a-dia, urge harmonizar as manifestações de nossas qualidades com o espírito de proporção e proveito, a fim de que o extremismo não nos imponha acidentes, no trânsito de nossas tarefas e relações.
       Energia na fé; não demais que tombe em fanatismo.
       Brandura na bondade; não demais que entremostre relaxamento.
       Energia na convicção; não demais que se transforme em teimosia.
       Brandura na humildade; não demais que degenere em servilismo.
       Energia na justiça; não demais que seja crueldade.
       Brandura na gentileza; não demais que denuncie bajulação.
       Energia na sinceridade; não demais que descambe no desrespeito.
       Brandura na paz; não demais que se acomode em preguiça.
       Energia na coragem; não demais que se faça temeridade.
       Brandura na prudência; não demais que se recolha em comodismo.
       No caminho da vida, há que aprender com a própria vida.
       Vejamos o carro moderno nas viagens de hoje; nem passo a passo, porque isso seria ignorar o progresso, diante do motor para descer ao desastre e à morte prematura.
       Em tudo, equilíbrio, porque, se tivermos equilíbrio, asseguraremos, em toda parte e em qualquer tempo, a presença da caridade e da paciência, em nós mesmos, as duas guardiãs capazes de garantir-nos trajeto seguro e chegada feliz.
(De “Alma e Coração”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

sexta-feira, 15 de março de 2013

ESPERA TRABALHANDO



       Quem fala de paciência, decerto que se refere à esperança e, por isso, paciência significa saber esperar.
*
       Neste sentido, é justo rememorar a lição evangélica:- “primeiro, a semente lançada ao solo; depois, a flor
no verde da ramaria; em seguida, a formação da espiga; e, logo após, desponta o grão na espiga, assegurando
o êxito da colheita.”
*
       Se provações te assinalam a existência, conserva a própria serenidade e não te retires das tarefas que a
vida te confiou.
*
       Espera trabalhando.
*
       Dentro da Natureza, a lei de sequência se evidencia, em toda parte.
       O fio de água dessa ou daquela nascente, incorporando-se a outros fios de água, cria a fonte que procura
o rio e o rio, numa expressiva demonstração de paciência, desce de nível para depô-la no mar.
*
       Nas horas de crise que, porventura te apareçam, aguarda com calma e compreensão a passagem do
tempo, sustentando a paciência contigo, porque a paciência te alimentará a esperança e a esperança se te fará
luz na vida interior, destinada a te fortalecer e a te guiar.


(De “Espera servindo”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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TESOUROS ESCONDIDOS


 
Aquela foi mais uma visita à maternidade, feita a um jovem casal que acabara de receber nos braços sua filhinha. A menina chegou ao mundo em um lindo dia de verão.
 
Fomos recebidos pelo pai que se mostrava radiante, transmitindo a alegria que lhe ia no íntimo.
 
Ao adentrarmos no quarto para conhecer a menininha, logo nos encantamos com sua expressão de doçura.
 
Natural que procurássemos saber notícias do bebê recém chegado, da mãe e também do pai, questionando se tudo correra dentro do esperado.
 
Quando perguntamos ao pai se ele havia acompanhado o parto, que se dera através de uma cirurgia cesariana, ele respondeu que esteve ao lado da esposa do começo ao fim do procedimento.
 
Relatou que, apesar de não se sentir à vontade em ambientes hospitalares, principalmente em uma sala de cirurgia, procurou manter a atenção ao que realmente importava naquele momento.
 
Durante o processo de nascimento da criança, não se ateve às questões práticas da cirurgia.
 
Concentrou-se na sua amada esposa, na filhinha tão aguardada e em toda a beleza daquele instante divino, deixando em segundo plano o ambiente, os equipamentos médicos e tudo mais que o rodeava.
 
* * *
 
Podemos transferir esse olhar para várias situações que acontecem em nossas vidas e também para as pessoas.
 
Muitas das circunstâncias pelas quais passamos, por mais difíceis e complicadas que possam parecer, têm um lado que nos traz algum ensinamento, que nos mostra beleza.
 
Cabe a nós desenvolver esse olhar.
 
Por trás de alguém que tem dificuldades de relacionamento que, por vezes, trata os outros com indelicadeza, podemos encontrar um tesouro escondido, um baú repleto de qualidades e virtudes.
 
Busquemos valorizar o que cada um carrega de melhor em si. Agindo assim, estaremos sendo mais indulgentes com o próximo.
 
Procuremos enxergar o outro sem julgamentos pois, na maioria das vezes, não sabemos os motivos que o levam a agir dessa ou daquela maneira.
 
Mesmo que a pessoa tenha tomado o caminho equivocado ou que não tenha feito as melhores escolhas, dentro dela sempre existirá a bondade e o amor.
 
* * *
 
Para que tenhamos uma convivência fraternal, aprendamos a valorizar os tesouros que cada um carrega dentro de si.
 
Procuremos dar importância às qualidades e não às imperfeições.
 
É necessário que estejamos em constante vigilância sobre nós mesmos para buscarmos agir com tolerância, adaptando-nos às pessoas com a disposição firme de ajudar.
 
Lembremo-nos de refletir sobre a Providência Divina, que nos mostra a tolerância em toda parte.
 
Deus não espera que a semente produza o fruto imediatamente após o seu plantio. Há o tempo de germinar, florescer e frutificar.
 
Tolerar é agir no bem.
 
O mundo precisa de indulgência para com as falhas alheias, de mãos que apoiem, sem julgamentos, aqueles que necessitam.
 
Sejamos nós essa luz que espalha beleza e enriquece o mundo.
 
Redação do Momento Espírita.
 
Em 23.2.2013.
 

quinta-feira, 14 de março de 2013

O QUE VOCÊ FIZER REFLETIRÁ EM TODOS



       O mundo é um conglomerado de pessoas de todos os tipos, de todas as raças, crenças, filosofias, educação, moral etc. Cada uma dessas pessoas concorre para o bem ou o mal do mundo, porque os pensamentos, as emoções e os atos individuais refletem-se no mundo inteiro.
       Isto certamente nos convidará a proceder dentro de uma norma de vida capaz de concorrer para melhorar o mundo.
       Se cada um assumisse o compromisso de se vigiar, de observar o que sente, pensa ou faz, procurando dar um passo firme para diante, por certo, em breve, teríamos uma terra diferente.
       Para isso precisamos de muita compreensão, boa vontade e espírito de colaboração.
       Nosso velho egoísmo, porém, só nos permite ver nosso bem-estar, esquecidos do infortúnio alheio, desamparado e incompreendido. É cada um por si.
       Se procurássemos acertar, sem dúvida seria uma ajuda imensa no auxílio coletivo e universal.
       O homem ainda se afoga na lama das paixões rasteiras e combate pela posse do que considera seu de direito, esquecido dos direitos alheios.
       Enquanto permanecermos escravizados ao desejo de posse, não conheceremos a verdadeira paz interior; e a felicidade com que tanto sonhamos será para nós fugidia e nos deixará entregues a desenganos e decepções.
       Ninguém consegue galgar a montanha da perfeição, carregando o fardo de ilusões do mundo. “Deixa tudo o que possuíres e segue-Me”, disse Jesus. Deixar tudo e abandonar-se aos cuidados d’Aquele que tudo sabe, tudo pode e que jamais abandona seus discípulos porque os seus verdadeiros discípulos não levam senão a túnica da simplicidade e seu farnel é o do amor, que distribuem com os famintos da estrada. Seu cajado é a fé e sua bússola a esperança.
       Quem assim galga a montanha, de lá contempla feliz as flores cuja semente espalhou no caminho: e aos seus sentidos lhe chegam o perfume e as bênçãos pelo bem que semeou.
       Não esperemos que os outros se tornem responsáveis. Sejamos os primeiros a assumir a responsabilidade que nos é indicada. A soma de unidades resulta em quantidade, e se a quantidade contiver a substância da qualidade, eis um nobre conceito de trabalho.


(De “Vem!...”, de Cenyra Pinto)
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quarta-feira, 13 de março de 2013

O BEIJO DO GESTO




        A vida é ciência profunda. Quando os homens valorizam os próprios gestos, veem o quanto podem fazer-lhes bem tal atitude, pois estão sendo ajudados com o beijo do próprio movimento.
        O olhar, quando manifesta a grandeza da alma, cura e fornece força em todas as direções, de sorte a cooperar para o bem estar dos que sofrem as doenças de todos os matizes.
        Uma carícia de valores indescritíveis, o gesto, quando usado no momento certo, quando trabalhado na área da psicologia na suavidade das mãos ao tocar o companheiro sofredor, desperta o ser humano para novas forças, levando-lhe novo ânimo de viver, predispondo-o aos agentes de saúde de, quais sejam, o remédio e o próprio tempo.
        Afaga, meu filho, o teu companheiro, nos momentos de angústia. Não te esqueças, de teus filhos, dos conselhos que eles deverão receber.
        Reserva algum tempo para conversar com tua mãe, pois ela foi o médium por onde surgiu o milagre da tua vida física.
        Procura teu Pai, que te criou, e dá a ele o alimento da palavra. Todos gostam de ouvir os filhos, principalmente quando esses sabem falar com proveito. Não deves esquecer o beijo para a vovó e o vovô, que esperam ansiosos a presença dos netos para o aconchego de luz.
        Aos companheiros que passam, o sorriso ou o aperto de mão. Esse gesto faz parte da fraternidade, levamos ao amor ao próximo, depois do amor a Deus.
        Alguns podem não acreditar em nossas palavras, por terem pertencido, na última encarnação, à uma raça esquecida do amor e do Cristo.
        Na verdade, porém, quando ouvia falar da nação brasileira, sentia uma saudade que me comovia em todos os sentimentos. Era diferente dos outros, só que guardava tudo aquilo em silêncio.
        Tivemos a felicidade, depois do túmulo, de conhecer e viver os nossos sonhos. Estamos felizes em trabalhar nos céus desta pátria, que está caminhando para o reino da justiça e do amor, da caridade e do perdão.
        O Brasil, pelos gestos de milhares de brasileiros, encontra-se em plena oração, pedindo a Deus a renovação dos povos. E é deste pedido que fazemos parte nos Céus do Cruzeiro.
        É neste mesmo ambiente que escrevemos aos companheiros da Terra para trabalharmos juntos e juntos orarmos a Jesus, esperando receber de Deus, pelas mãos da natureza, o beijo do gesto que a orientação nos envia pela lei da vida.
        O Cristo prometeu que voltaria e já voltou no ambiente de uma Doutrina, para ficar eternamente com a humanidade.
        Neste país abençoado, até o vento, ao nos roçar, fala do Evangelho, beijando-nos pelos raios de luz do próprio sol.

(De “Flor de Vida”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Scheilla)
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terça-feira, 12 de março de 2013

COMPROMETIMENTO

 
Se quando a nota musical fosse convocada pelo artista para uma composição, ela dissesse: Não é uma nota que faz a música, não nasceriam sinfonias e o homem jamais poderia se extasiar com a música que lhe enche os ouvidos e a alma.
 
Se quando a palavra fosse convidada a ser escrita, ela dissesse: Não é uma palavra que faz uma página, não existiriam livros, que beneficiam tantas vidas.
 
Se quando o construtor buscasse a pedra, ela dissesse: Não há pedra que possa montar uma parede, não haveria casas, edifícios, construções tão espetaculares, que parecem desafiar o homem.
 
Se quando a gota caísse sobre a terra, dissesse: Uma gota d’água não faz um rio, não haveria rios, lagos, mares e oceanos.
 
Se nas mãos do semeador, o grão dissesse: Não é um grão que semeia um campo, não haveria colheitas abundantes e messes fartas.
 
Se o homem simplesmente considerar que não é um gesto de amor que pode salvar a Humanidade, jamais haverá justiça, paz, dignidade e felicidade na Terra.
 
Assim como as sinfonias precisam de cada nota, assim como o livro precisa de cada palavra, não sendo nenhuma dispensável; assim como as construções precisam de cada pedra no seu exato lugar; assim como os rios, lagos, mares e oceanos precisam de cada gota d’água; assim como a colheita precisa de cada grão, a Humanidade precisa de você.
 
Exatamente! De você! Onde estiver, único e, portanto, insubstituível.
 
E Deus conta com sua participação ativa nesta sinfonia espetacular que é a vida, para tocar com sua harmonia, a musicalidade da sua voz, os corações aflitos e lhes acalmar as dores.
 
Deus conta com sua palavra de bom ânimo e encorajamento para erguer os caídos nas estradas do desespero.
 
Deus conta com as pedras da sua construção ativa nas boas obras para que muitos dos Seus filhos não morram de fome, nem padeçam frio, nas estreitas vielas da amargura e do abandono.
 
Deus conta com a gota d’água da sua boa vontade para modificar os painéis de sofrimento nas estradas por onde seguem os seus pés.
 
Deus conta com o grão especial da sua paciência para semear a serenidade, no campo das lutas diárias dos homens que ainda não descobriram que suas vidas devem ser muito mais do que simplesmente dominar o mercado financeiro, vencer os adversários em um jogo ou ganhar na cotação da Bolsa de Valores.
 
Deus conta com o seu gesto de amor, onde esteja, para falar e agir com justiça, para semear a paz, para viver com dignidade e mostrar que é possível, sim, ser feliz na Terra, ainda hoje.
 
Porque a maior felicidade consiste em saber descobrir a felicidade nos olhos da gratidão alheia, na prece infantil que brota da alma da criança a quem ensinamos a buscar Deus; nas mãos envelhecidas no trabalho que buscam as nossas para um aperto silencioso, significativo, sincero.
 
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O mundo precisa do nosso comprometimento para ser o mundo que todos queremos, desejamos e aguardamos.
 
Não esperemos pelos outros.
 
Distribuamos hoje, agora, a nossa nota de esperança, a nossa palavra de fé, a nossa gota de amor, nosso grão de solidariedade.
 
O mundo espera. As criaturas precisam e Deus conta conosco.
 
Redação do Momento Espírita, com base em artigo de autoria ignorada.
 
Em 26.2.2013.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Oração pelos escravizados



      
Querido Jesus:
       recordando-me dos escravos negros que foram libertados, embora a permanência de alguns fatores que a ignorância engendra,
impedindo a plenitude da raça, eu Te quero rogar:
       por aqueles que continuam escravos da prepotência;
       os que se demoram escravizados aos vícios degradantes;
       os que se deixam escravizar pelas paixões selvagens;
       aqueles que escravizaram os sentimentos ao ódio, ao ciúme, à inveja, ao orgulho;
       aqueles que jazem escravizados aos desejos infrenes e vãos;
       aqueles que teimam em manter-se escravos da violência e da belicosidade;
       os que se facultam a escravidão dos sentidos como se a vida se reduzisse apenas às fantasias e ilusões;
       os que continuam na escravidão do remorso perturbador;
       os que estão escravizados às doenças degenerativas em dolorosa rebeldia;
       os que correm pelas furnas da alienação escravizadora;
       os que ainda preferem a escravidão nas sombras...
       São tantas as formas de escravidão que predominam na Terra!
       Buscamos-Te, porque reconhecemos seres o Libertador de todos quantos Te procuram, aguardando somente a decisão de cada
um.
       Enquanto no mundo ainda se demoram as escravidões políticas, raciais, religiosas, sociais, evocamos aqueles que tiveram
a coragem de proclamar a liberdade dos seus irmãos sem quaisquer condições, e oramos em favor dos escravos na Terra, suplicando-Te,
em nome do Amor, que os ajudes quanto antes na sua libertação.
Iolanda  Brasil
(De “Antologia Espiritual”, de Divaldo Pereira Franco, por Diversos Espíritos)
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domingo, 10 de março de 2013

DA VIDA, UMA PRECE


 
Encontramos, no seio de praticamente todas as religiões, o exercício salutar da prece.
 
Em algumas, tal prática apresenta-se na forma de mantras. Em outras, de cântico. Ou, ainda, de rogativa.
 
Entretanto, independentemente da forma, a prece sempre tem como objetivo ligar a criatura ao Criador.
 
A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nEle; é aproximar-se dEle; é pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e agradecer.
 
Louvar a Deus significa reconhecer nEle a fonte de toda vida, de toda a criação. É observarmos tudo o que nos cerca – as plantas, os animais, nosso próximo – e enxergarmos neles a assinatura Divina, o traço que Deus deixa em cada uma de Suas criaturas.
 
Uma prece de louvor é feita mais do que com palavras. Pode ser expressa em atitudes.
 
Quando louvamos, reconhecendo, em tudo o que nos cerca, a mão do Criador, torna-se impossível não expressarmos gratidão a Deus por todo amor que Ele nos oferece, em todas as circunstâncias do viver.
 
Amor esse que se manifesta através das mais variadas expressões: o ar que respiramos, o alimento que temos em nossas mesas, a família que nos acolhe, a casa que nos abriga, os amigos que nos fortalecem.
 
O companheiro ou companheira que divide a vida conosco, os filhos que nos são dados ao coração, as oportunidades diárias de progresso intelecto-moral, a conquista das virtudes que nos aproximam da paz e da felicidade.
 
E, quando brota em nossas almas o sentimento que nos leva a louvar e a agradecer, o gesto de pedir modifica-se.
 
Nossas rogativas já não são mais baseadas nas ilusões da matéria, nem tampouco no orgulho que confunde nossas escolhas.
 
Nossas decisões tornam-se mais maduras, pois começamos a compreender as leis que regem toda a Criação.
 
Já não mais rogamos a Deus que solucione nossos problemas, dificuldades e sofrimentos.
 
Antes, pedimos ao Senhor da vida que nos conceda a sabedoria, a resignação e a humildade para que, além de poder superá-los, possamos aprender com as preciosas lições que acompanham cada momento.
 
Entrarmos em comunicação com Deus significa fazermos, diariamente, de nossa vida uma prece.
 
E a prece se faz em cada gesto de abnegação, de renúncia, de fé.
 
A prece se faz quando olhamos para aquele que sofre, para aquele que passa fome, para aquele que não tem onde morar e, desinteressadamente, lhe estendemos a mão que ajuda, o ombro que consola, o abraço que afaga, a palavra que une.
 
A prece se faz quando perdoamos quem nos fere e somos capazes de pedir perdão àquele que ferimos.
 
A prece se faz quando nos reconhecemos parte integrante de toda a Criação, de todo o equilíbrio universal e, dessa forma, tomamos para nós a responsabilidade de contribuirmos para a construção de um mundo melhor.
 
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Na oração a criatura suplica e se apresenta a Deus. Pela inspiração profunda e reconfortante responde o Senhor e se revela ao aprendiz.
 
Pensemos nisso.
 
Redação do Momento Espírita, com citação do item 659, de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb e pensamento final do verbete Oração, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
 
Em 2.3.2013.
 
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Estudo relacionado a este texto: A PRECEhttp://www.aeradoespirito.net/EstudosEM/A_PRECE.html