terça-feira, 30 de abril de 2013

ABENÇOA E AUXILIA



       A vida oferece infalível receita em favor de nossa paz.
       Se a incompreensão nos aflige, abençoa e auxilia.
       Se a discórdia ameaça, abençoa e auxilia.
       Se a dificuldade aparece, abençoa e auxilia.
       Se a crítica nos vergasta, abençoa e auxilia.
       Se a maldade nos bate à porta, abençoa e auxilia.
       Se a irritação nos procura, abençoa e auxilia.
       Se o problema se agrava, abençoa e auxilia.
       Se o desânimo intenta arrasar-nos, abençoa e auxilia.
       Se a injúria nos visita, abençoa e auxilia.
       Se a provação surge mais exigente, abençoa e auxilia.
       Se o afeto de alguém nos abandona, abençoa e auxilia.
       Ainda mesmo nos dias em que a lágrima seja a única presença em nosso coração para o trabalho a fazer, abençoa e auxilia sempre, porque abençoando e auxiliando, estaremos em toda parte, com o auxílio e com a bênção de Deus.


Bezerra  de  Menezes
(De “Coragem”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos diversos)


sábado, 27 de abril de 2013

O BEM SEMPRE




        O bem que deixes de fazer, podendo fazê-lo, é um grande mal que fazes.
       Quando convidado a informar sobre alguém, referes-te ao seu lado positivo, dando oportunidade ao outro para renovar as suas paisagens íntimas infelizes, sem o constrangimento de saber que os demais estão inteirados das suas dificuldades.
       Se alguém agir mal em referência a ti, inutilmente passarás o acontecimento adiante.
       Muito ajuda aquele que não divulga as mazelas do próximo.
       Hábito salutar se deve impor o cristão para o feliz desiderato, na comunidade em que realiza as suas experiências evolutivas: policiar a palavra.
       Infelizmente, a invigilância em relação ao verbo tem sido responsável por muitos dissabores e conflitos que não se justificam. Aliás, coisa alguma constitui desculpa honesta para contendas e perturbações.
       A civilização e a cultura, engendrando os valores éticos da educação, constituem eficientes recursos para que o homem se liberte das paixões inferiores que geram desforços, agressões, pelejas, através dos quais resvala, inexoravelmente, de retorno às expressões primitivas, que já deveria haver superado.
       Toda interpelação agressiva, qualquer verbete ferinte, cada reação violenta constitui ingrediente para a combustão do ódio e a sensação nefasta da amargura.
       Útil quão urgente o esforço pela preservação da paz íntima, mesmo quando concitado ao desvariou diretamente chamado ao desforço pessoal.
       Dos hábitos mentais — suspeita, ciúme, inveja, animosidade, fixação — como dos condicionamentos superiores pelo exercício do pensamento — reflexão, prece, humildade, autoexame — decorrem as atitudes, quando se é surpreendido pela agressividade ou perseguido pela antipatia espontânea de alguém, em si mesmo inditoso.
       Reagirás sempre, conforme cultives o pensamento.
       Falarás e agirás conforme as aquisições que armazenares nos depósitos mentais, através das ocorrências do cotidiano.
       Assim, atenta, quanto possível, para os valores dignificantes do teu próximo, exercitando-te nas visões relevantes e contribuirás com expressivos recursos em favor da economia de uma Terra feliz por que aspiras na vivência contínua do bem sempre.



(De “LEIS MORAIS DA VIDA”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

LUZ ACESA



       A oração é luz acesa na alma.
       Quando oras, os teus pensamentos se renovam e a tua disposição se modifica.
       A prece é um vínculo com os Planos Superiores.
       Ora e examina a ti mesmo.
       Sê mais vigilante.
       Não dialogues sem proveito.
       Permite-te a emoção das lágrimas, mas também derrama suor.
       Lembra-te de Deus com maior frequência e não apenas nos instantes de aflição.
       Confia na intercessão divina, mas não pares de trabalhar.
       Faze o teu próprio caminho.
       Todo problema tem solução.
       Jamais te desesperes.

(De “Vigiai e Orai”, de Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José)

“ ÁGUA ESTAGNADA MANCHA A SUA NATUREZA. “



      
A Natureza — como a própria vida — é dinâmica, ativa, mutável.
       Nós seres humanos, devido a um medo natural diante de mudanças, estamos sempre buscando segurança na rotina, na repetição; enfim, numa desejada mais impossível imutabilidade das pessoas, coisas e situações.
       Se observarmos com atenção o nosso dia-a-dia, e o de outras pessoas, veremos que é da natureza das coisas as alterações eventuais, em função do processo evolutivo. A mola propulsora dessas mudanças tem sido a necessidade.
       É por sua causa que buscamos novos lugares para residir, novos afazeres, novas oportunidades e experiências.
       Quando a nossa vida começa a estagnar-se qual água parada é hora de dar um balanço e ver se não há nada a ser mudado, do contrário, as forças que engendram as transformações serão acionadas no devido tempo, empurrando-nos para as coisas novas, indispensáveis ao progresso moral e intelectual do Espírito.


(De “Dia a Dia — Conceitos para viver melhor — de Paulo R. Santos.”)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

AGORA




Agora,  eis  o  momento
Da  melhora  que  buscas.

De  nada  te  lastimes.
Ontem  não  mais  existe.

De  tudo  o  que  se  foi,
Só  a  lição  perdura.

Renova-te  e  caminha,
Sob  o  eterno  presente.

Olha  o  tronco  podado
Lançando  ramos  novos.

Não  pares,  segue  e  serve.
Deus  cuidará  de  ti.

(De “Espera servindo”, de Francisco Cândido Xavier,
pelo Espírito Emmanuel)
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segunda-feira, 22 de abril de 2013

A TORRE



“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos para ver se tem com que a acabar?” – Jesus – Lucas, 14:28.

Constitui objeto de observação singular as circunstâncias do Mestre se referir, à essa altura dos ensinamentos evangélicos, à uma torre, quando deseja simbolizar o esforço de elevação espiritual por parte da criatura.
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        A torre e a casa são construções muito diversas entre si.
        A primeira é fortaleza, a segunda é habitação.
        A casa proporciona aconchego, a torre dilata a visão.
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        Um homem de bem, integrado no conhecimento espiritual e praticando-lhe os princípios sagrados está em sua casa, edificando a torre divina da iluminação, ao mesmo tempo.
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        Em regra vulgar, porém, o que se observa no mundo é o número espontâneo de pessoas que nem cuidaram ainda da construção da casa interior e já falam calorosamente sobre a torre, de que se acham distantes.
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        Não é fácil o serviço profundo da elevação espiritual, nem é justo apenas pintar projetos sem intenção séria de edificação própria.
-x-
        É indispensável refletir nas contas, nos dias ásperos de trabalho, de autodisciplina.
-x-
        Para atingir o sublime desiderato, o homem precisará gastar o patrimônio das velhas arbitrariedades e só realizará esses gastos com um desprendimento sincero da vaidade humana e com excelente disposição para o trabalho da elevação de si mesmo, a fim de chegar ao término, dignamente.
-x-
        Queres construir uma torre de luz divina?
        É justo. Mas não comeces o esforço, antes de haver edificado a própria casa íntima.
(De “Alma e Luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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sexta-feira, 19 de abril de 2013

HONESTIDADE VAI BEM




Redação do Momento Espírita

Uma cena inusitada e inspiradora no esporte: o atleta queniano, Abel Mutai, medalha de ouro nos três mil metros com obstáculos e campeão olímpico em Londres, estava prestes a ganhar mais uma corrida.

Entrou em um novo setor da prova e, achando que já havia cruzado a linha de chegada, começou a cumprimentar o público, reduzindo o passo.

O segundo colocado, logo atrás, Ivan Fernandez Anaya, vendo que ele estava equivocado e parava dez metros antes da bandeira de chegada, não quis aproveitar a oportunidade para acelerar e vencer.

Ele permaneceu às suas costas, e gesticulando para que o queniano compreendesse a situação, quase o empurrando, levou-o até o fim, deixando que ele conquistasse, então, a merecida vitória – como já iria acontecer se ele não tivesse se enganado sobre o percurso.

Ivan Fernandez Anaya, um jovem corredor de vinte e quatro anos, que é considerado um atleta de muito futuro, ao terminar a prova, disse:

Ainda que tivessem me dito que ganharia uma vaga na seleção espanhola para disputar o campeonato europeu, eu não teria me aproveitado. Acho que é melhor o que eu fiz do que se tivesse vencido nessas circunstâncias.

* * *

Quando começaremos a agir assim, em todas as situações de nossas vidas?

Quando deixaremos de enganar os outros e de enganar a nossa própria consciência?

Teríamos agido dessa forma, em situação semelhante, ou não?

Valerá a pena tudo por uma medalha, por um resultado, por ser proclamado melhor, o número um, nisso ou naquilo?

Valerá tudo para conseguir um emprego, um dinheiro extra, um bom negócio fechado? Será?

A virtude da honestidade diz que não, não vale a pena.

Atuando assim, poderemos ter pequenas e falsas vitórias aqui e ali, mas continuaremos sendo almas derrotadas, pois não vencemos o mundo e suas destemperanças, não vencemos o homem velho e vicioso em nós.

O importante é vencer-se, estando em paz com nossa consciência.

Não basta viver e sobreviver. Citando o grande Sócrates e sua honestidade, quando lhe propuseram a fuga da prisão onde ficou até a morte: O importante não é viver. O importante é bem viver.

Estamos aqui para aprender a bem viver, para vencer quando estivermos preparados para vencer, quando merecermos a vitória.

Participar desses jogos baixos do mundo, dessas manipulações de mentes, de esquemas etc., é permanecer pequeno, é congelar a evolução moral do Espírito.

Ser honesto é vivenciar a verdade em todas as circunstâncias, a verdade que, segundo o Mestre, nos libertará – libertará da ignorância e do sofrimento.

* * *

Um gesto de honestidade vai muito bem.

Vai muito bem em casa, quando confessamos o que vai em nosso coração, quando não desejamos esconder nada de ninguém.

Vai muito bem nas relações sociais, quando atuamos com justiça, com probidade, dando a cada um o que é seu de direito, nunca admitindo passar alguém para trás.

Vai muito bem no casamento, toda vez que honramos o compromisso com o outro, jamais praticando algo que não gostaríamos que praticassem conosco.

Vai muito bem sempre.

Haverá dia em que honestidade não precisará mais ser considerada virtude a ser conquistada, pois seremos todos honestos por natureza.

Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Santo Expedito





Santo Expedito foi martirizado na Armênia.
Ele era militar, foi decapitado no dia 19 de abril de 303, sob o imperador Dioclesiano, que subira ao trono de Roma em 284.
Ele levava uma vida devassa; mas um dia, tocado pela graça de Deus, resolveu mudar de vida.
Foi então que lhe apareceu o Espírito do mal, em forma de corvo, e lhe segredou "cras....! cras....! cras....!"  que quer dizer: amanhã...! amanhã...! amanhã...!, isto é deixe para amanhã!
Não tenha pressa!
Adie sua conversão!
Mas Santo Expedito, pisoteando o corvo, esmagou-o, gritando: HODIE! Quer dizer: HOJE! Nada de protelações! É pra já!
É por isto que o Santo Expedito é invocado nos casos que exige solução imediata, nos negócios em que qualquer demora poderia causar prejuízo.
No Brasil, sobretudo, Santo Expedito é invocado nos negócios e dificuldades da vida. Conhecido como "o santo das causas urgentes".
Santo Expedito não adia seu auxílio para amanhã.
Ele atende sua ajuda hoje mesmo, ou na hora em que precisamos de sua ajuda. Mas ele espera que também nós não deixemos para amanhã nossa conversão.
A tradição apresenta Santo Expedito como sendo o chefe da 12ª Legião Romana, cognominada "Fulminante": nome dado em memória de uma façanha que se tornou célebre. Essa legião localizava-se em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Era formanda em sua maioria por soldados cristãos, sendo sua função primordial defender as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos.
Santo Expedito destacou-se no comando dessa legião por suas virtudes de cristão e de chefe ligado a sua religião, a seu dever, à ordem e à disciplina.
A poderosa Oração à Santo Expedito

Meu Santo Expedito das Causas Justas e Urgentes,
Socorre-me nesta Hora de Aflição e Desespero, interceda por mim junto ao Nosso Senhor JESUS CRISTO !
Vós que sois um Santo Guerreiro,
Vós que sois o Santo dos Aflitos,
Vós que sois o Santo dos Desesperados,
Vós que sois o Santo das Causas Urgentes,
Protegei-me, Ajudai-me, Dai-me Força, Coragem e Serenidade.
Atendei ao meu pedido: (fazer o Pedido).
Ajudai-me a superar estas Horas Difíceis, protegei-me de todos que possam me prejudicar,
Protegei a Minha Família, atendei ao meu pedido com urgência.
Devolva-me a Paz e a Tranquilidade.
Serei grato pelo resto de minha vida e levarei seu nome a todos que tem fé.

Obrigado.

Rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e fazer o Sinal da Cruz.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

*... onde é tudo belo e fantástico ...*




NOVA CANÇÃO DO EXÍLIO
< A Josué Montello >

Drummond de Andrade

Um sabiá
na palmeira, longe.
Estas aves cantam
um outro canto.
O céu cintila
sobre flores úmidas.
Vozes na mata,
e o maior amor.
Só na noite,
seria feliz:
um sabiá,
na palmeira longe.
Onde é tudo belo
e fantástico,
só, na noite.
seria feliz.
(Um sabiá,
na palmeira, longe.)
Ainda um grito de vida
e voltar
para onde é tudo belo
e fantástico:
a palmeira, o sabiá,
o longe.

'Poesia e Prosa', p. 180

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O tempo que foge – Ricardo Gondim





“O Tempo que Foge

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas, percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

‘As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa…

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade;

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,

O essencial faz a vida valer a pena.”

E, para mim, basta o essencial.”

segunda-feira, 8 de abril de 2013

ALEGRIA E ESPERANÇA




       É de se ajustar na nossa vida a necessidade de computar em nós a alegria, mas a alegria cristã, no sentido de que em nós se faça a paz, no conforto do coração. No entanto, a alegria somente brilha em Deus e para tal, com a esperança.
       Junta à tua alegria a certeza dos teus ideais sublimados no Evangelho.
       Se queres iluminar a tua vida, não te esqueças do contentamento nas bases do cristianismo, por ser ele a luz emanada da esperança, de modo que a esperança fale sempre do Amor.
       Se queres paz, cultiva a alegria na pureza do teu ideal.
       Se queres a esperança, cultiva o Amor, que ele abre  caminhos e alarga a visão pela qual o Céu nos deixa sentir Deus em nós e Cristo nos guiando para as claridades imortais.
A alegria é paz.
A esperança é luz.
A alegria nos faz
crer mais em Jesus.


(Página recebida na Sociedade Espírita Maria Nunes, Belo Horizonte, MG, em 12/03/1986, no Estudo da 3ª. Parte da Introdução de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”)
(De “Páginas Esparsas 1”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)
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sexta-feira, 5 de abril de 2013

FLOR DE LÓTUS




Planta que floresce sobre a água, a flor de lótus, nativa da Ásia, é considerada sagrada em algumas culturas orientais.

Suas raízes nascem no lodo e seu caule vai se desenvolvendo na lama até alcançar seu tamanho total, quando o botão emerge na superfície da água para desabrochar ao sol.

À noite, as pétalas da flor se fecham e ela mergulha debaixo d’água. Antes de amanhecer, ela volta à superfície, onde se abre novamente.

Suas luminosas pétalas têm a propriedade de autolimpar-se, ou seja, conseguem repelir microorganismos e lodo, não deixando que a água a contamine e, por isso, é capaz de florescer em meio ao pântano.

Em um simbolismo utilizadono Oriente, a água lodosa que acolhe a planta é associada ao apego e aos desejos materiais e a flor que desabrocha sobre a água, em busca de luz, indica promessa de elevação espiritual.

Ela representa a superação da dor e do sofrimento no mundo físico em busca do crescimento espiritual e é considerada símbolo de pureza da alma.

* * *

Podemos fazer uma analogia do desabrochar dessa flor com a forma com que nos envolvemos com as questões do mundo que nos cerca.

O objetivo principal da vida terrena é o aperfeiçoamento moral do Espírito. Aqueles que têm essa compreensão buscarão elevar-se sempre, independente das adversidades.

Quando as circunstâncias não nos forem favoráveis, quando as tentações nos cercarem, quando formos frequentemente chamados a testar nosso caráter, busquemos retirar o bom proveito da situação e lembremo-nos de Jesus.

Cristo propôs que vivêssemos no mundo sem ser do mundo.

Foi o exemplo vivo de que podemos passar por situações que nos atormentam os sentimentos e, mesmo assim, não nos deixarmos abater e seguirmos confiantes em nossos propósitos.

Mostrou-nos também que é possível usufruir das coisas do mundo e não nos deixarmos possuir por elas.

A vida social e em família faz parte do processo de evolução. Ninguém consegue a realização espiritual seguindo a sós.

É através dos relacionamentos que trocamos experiências e vamos trabalhando os sentimentos e nos conhecendo melhor a cada dia.

Por vezes, passamos por dificuldades de ordens diversas, mas devemos reconhecer que sem a presença desses testes, perderíamos as motivações que nos impulsionam ao crescimento e à melhora íntima.

* * *

A flor de lótus é exemplo de determinação, perseverança e superação, pois surge em meio ao lodo em que vive.

É prova de que nós também podemos buscar o crescimento espiritual e o aprimoramento moral em um meio que não nos seja favorável.

Ela leciona confiança em nós mesmos e crença em nossa própria beleza. Floresce diariamente em busca da luz, mostrando-nos que não importam os obstáculos e nem o quanto as circunstâncias possam parecer contrárias.

Não há nada que a impeça de florescer bela e formidável.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.

Em 16.4.2013.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

MUNDO DIGITAL





A cena é comum nos dias de hoje: reuniões sociais e profissionais, nas quais as pessoas ficam grande parte do tempo conectadas aos seus telefones móveis.

Quando chegam aos lugares, vão logo depositando à mesa o acessório e a partir daí, fica dividida a atenção. É um olho no ambiente e outro na tela do aparelho.

Parece até que tem um poder magnético, pois as pessoas são capazes de olhar mais para ele do que umas para as outras.

Estando sozinhos, a impressão que se tem é que o referido instrumento é capaz de fazer companhia ao indivíduo, substituindo a presença física de um amigo.

Quando funcionavam simplesmente como telefones não eram tão invasivos, mas hoje o seu uso está muito ampliado. Na ânsia de nos mantermos conectados com o mundo, por vezes, nos esquecemos de quem está ao nosso lado.

Priorizamos a necessidade de receber uma notícia importante, de enviar ou receber alguma mensagem ou fazer consulta para esclarecer dúvidas.

São os novos hábitos sociais.

Infelizmente, eles partem as pessoas ao meio. Metade do indivíduo fica presente e a outra metade fica ligada ao aparelho e a tudo que ele proporciona.

Temos consciência de que todo progresso tecnológico, quando empregado para o bem, traz alegria e conforto à humanidade.

São muitas as facilidades que essa nova tecnologia nos possibilita e abrir mão delas está fora de questão.

A reflexão é no sentido de utilizá-la da forma mais conveniente, com moderação e respeito aos que nos cercam.

É certo que esses aparelhos, que estão facilmente ao nosso alcance, nos trazem informações necessárias. Mas, devemos ter cuidado para que eles não interfiram em momentos fundamentais aos relacionamentos.

Estejamos atentos à forma como temos utilizado esses recursos.

Não deixemos jamais de valorizar a companhia de quem está ao nosso lado, de olhar nos olhos durante um diálogo, de escutar o outro com atenção, de se fazer presente e curtir o momento em que estamos vivendo essa ou aquela situação.

Procuremos não dar maior importância a esses aparelhos, em detrimento da atenção que possamos oferecer a quem está próximo de nós.

Os momentos passam e não voltam. Todos eles são importantes para fortalecer os vínculos afetivos que existem nos relacionamentos.

As mensagens, pesquisas, informações e tudo mais, muitas vezes, podem esperar.

* * *

Qualquer processo de reeducação é sempre mais trabalhoso do que a educação pura e simples, pois implica em deixarmos hábitos enraizados e substituí-los por outros.

Se já nos deixamos levar por esses costumes inadequados, busquemos modificá-los.

Nessa época de tecnologia avançada e de cibernética, trabalhemos em nós mesmos a capacidade de vivenciar integralmente os relacionamentos pessoais.

Busquemos desligarmo-nos do que está distante para valorizarmos e nos ligarmos verdadeiramente em quem está conosco aqui, agora.

Aproveitemos cada minuto com os amores, os afetos. Isso é insubstituível e poderá não se repetir.

Pensemos nisso: o momento é agora, enquanto estão conosco.

Redação do Momento Espírita.