terça-feira, 12 de junho de 2012

VIZINHOS





“A maior caridade que praticamos em relação à Doutrina Espírita é a sua divulgação.” Emmanuel

         Os vizinhos são companheiros de muita utilidade.

        Em escala proporcional, no atavismo que evidencia ligações e compromissos com origem no passado, na vivência de programações que transcorreram em vidas transatas, as criaturas buscam aproximar-se umas das outras ou são induzidas a uma aproximação à revelia de suas vontades.
        Dependendo dos comportamentos vivenciados, as ligações se dão de vários modos, gerando-se oportunidades aos que não souberam aproveitar as condições oferecidas para o aprimoramento dos valores inatos que deságuam no mar da fraternidade, que conduz ao amor.
        Via de regra, afora os impositivos que unem Espíritos comprometidos em contextos familiares, os que necessitam passar mais tempo juntos ou aproximados, recebem oportunidades de conviver, às vezes, toda uma programação reencarnatória na condição de vizinhos, para cumprir compromissos que muitas vezes ficaram para trás, diante de prioridades que pudessem favorecer a evolução e o progresso de alguns.
        No correr de uma programação de experiências no corpo físico, os Espíritos que nela estão inseridos recebem, mercê da misericórdia divina, reiteradas oportunidades de reajustes que, verificadas com proveito, proporcionam, muitas vezes, a liberação de débitos de demorada duração, facultando aos envolvidos novas perspectivas de evolução e liberdade.
        É válido comparar o chavão popular que diz: “o bom vizinho é o parente mais próximo” com os preceitos evangélicos que recomendam o perdão, a tolerância, a fraternidade, etc.
        Embora os tempos modernos imponham hábitos que dificultem o relacionamento entre os que vivem como vizinhos, as necessidades do dia-a-dia estão sempre a favorecer o relacionamento das criaturas entre si, cabendo a elas saber
aproveitar a proximidade do outro e entender que, conduzidos por Cristo, os homens estão sempre diante de oportunidades renovadoras que diminuem os débitos do passado ou mesmo o quitam.

(De “Unidade do Lar”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Maria Nunes)