sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
DEVER E LIBERDADE
A disciplina é alicerce da vida.
A ordem é fundamento da Lei.
Quanto maior o primitivismo dos seres enfaixados no berço da evolução, com mais
força registramos semelhante princípio.
O minério, da gleba a que se acolhe, é transportado sem qualquer resistência
para atender às lides do progresso.
O verme arrasta-se no solo, cadaverizando-se nele de modo a fecundá-lo para que
a semente germine.
A árvore sofre o insulto da tempestade, produzindo sem exigência, em favor dos
outros, os frutos que não consome.
A ovelha cede a lã que lhe é própria ao reconforto alheio, tremendo ante o
assalto do frio.
Os elementos mais simples obedecem e auxiliam sem reclamar e todos eles,
colados ainda à Terra, para ela se voltam, humildes e submissos, representando
crisálidas de consciência em sua expressão fetal, no colo da natureza.
Todavia, o dever é diferente no homem, cuja cabeça se ergue dominadora na
direção do Infinito.
De braços livres, não obstante chumbado à senda que perlustra, pode sentir e
raciocinar, mentalizar e escolher, calcular e decidir.
E porque o Supremo Senhor não gerou os filhos de Sua Sabedoria e de Seu Amor
para escravos de Sua Casa, concede-lhes a razão, com que se lhes agiganta o
livre-arbítrio na formação do próprio merecimento.
É por isso que, quanto mais elevado o degrau da criatura, mais ampla se lhe
torna a responsabilidade na plantação e na defesa do Bem.
Estejamos alertas no mundo de nós mesmos, procurando aprender e servir, nas
bases do amor puro e da humildade, de vez que todos nós, à luz do
discernimento, dispomos de liberdade para cumprir as obrigações que nos cabem
perante a Lei, plasmando o direito ao Céu, a começar de nós, ou para cultivar a
rebeldia sistemática, para a qual arrasamos os talentos divinos, gerando em
nossas almas os agentes do desequilíbrio que equivale na vida ao martírio
infernal.
(De “Joia”, de Francisco Cândido
Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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MENTE E SINTONIA
É creditado ao
italiano Guilherme Marconi o uso das ondas eletromagnéticas para transmitir
informações a longas distâncias.
No final do Século
XIX, Marconi inicia seus experimentos, que darão origem ao telégrafo e,
posteriormente, ao rádio.
Graças a isso, as
distâncias passam a ser menores, e a comunicação intensifica-se.
Marconi partiu de um
princípio da Física, segundo o qual ao se emitir ondas com determinada
frequência, essas se propagam no espaço, podendo ser captadas por outro
aparelho sintonizado na mesma frequência.
Hoje, os experimentos
de Marconi pertencem à História e seus equipamentos são peças de museu, frente
a toda a tecnologia desenvolvida desde então.
Porém, ainda podemos
tecer valiosas reflexões a respeito desses seus estudos e descobertas.
Nossa mente atua,
sempre, como uma grande usina geradora de ondas, com frequências peculiares.
A natureza do nosso
pensar e sentir gera a qualidade da emissão, daquilo que emitimos e
exteriorizamos em forma de pensamento.
Como as ondas de
rádio, invisíveis e imperceptíveis para nós, assim são nossos pensamentos.
Não percebemos de
imediato e nem visualizamos o que emitimos, mas nosso pensar está sempre
gerando o ambiente, a psicosfera em torno de nós mesmos.
Assim é que pessoas
otimistas vivem em uma frequência, em uma ambiência mais salutar do que as
pessoas pessimistas.
Alguém sempre amoroso,
carinhoso, compreensivo, terá em torno de si as qualidades relativas à natureza
desses sentimentos.
Por sua vez, quem seja
amargo, intolerante, impaciente gerará, para sua própria vivência, um ambiente
mais tormentoso e difícil.
Assim, cuidar dos
pensamentos é tarefa de urgente necessidade, mas, muitas vezes relegada, quando
não esquecida ou desconhecida.
Somos o resultado do
que pensamos, sentimos e agimos, direta e indiretamente.
Portanto, será sempre
mais proveitoso buscarmos a reflexão otimista ao pensamento pessimista, a
análise compreensiva ao julgamento crítico, o bem pensar ao julgamento severo.
Não é alienar-se do
mundo, ou vê-lo de maneira ingênua ou parcial.
É a opção por viver no
mundo, enfrentando seus desafios e lutas, com ferramentas diferentes, que serão
mais valiosas e eficazes, nos proporcionando, ademais, saúde e bem-estar.
Dessa forma, vigiar
nosso pensar no dia a dia, será sempre ação benéfica para nós mesmos.
Ao optarmos pela
vigilância da nossa casa mental, nos proporcionamos a oportunidade de abandonar
o medo, a insegurança, as angústias. E abraçarmos o bem, o bom e a confiança em
Deus.
Atentemos para a
recomendação de Jesus de orarmos e vigiarmos, entendendo que o Amigo Divino nos
convida a vigiarmos nosso pensar e a utilizarmos a oração como ferramenta
de apoio e reestruturação mental.
* * *
O pensamento é força
vital gravitando no Universo. Fonte poderosa, pode verter luz pacificadora ou
se transformar em cachoeira destruidora.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 8.12.2012.
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