terça-feira, 26 de março de 2013

COMO CONSOLAR





Como quem se despe num dia de frio, e como vinagre sobre feridas, assim é o que entoa canções junto ao coração do aflito. Pv. 25:20.
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Consolar é uma arte, pode-se dizer, engenhosa, que requer muito discernimento e aplicação das leis que aprendemos no Evangelho de Jesus. O faminto pede com urgência o pão, para depois ouvir conselhos sobre o trabalho.
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Confortar alguém com certos problemas requer muita compreensão. Ensinar pela teoria é muito fácil, mas nos colocando no lugar do sofredor mudamos de opinião e passamos a ajudá-lo de forma diferente, pelo exemplo.
Animar o doente nas horas de angústia é o nosso dever comum, mas, não devemos esquecer dos remédios ou de encaminhá-lo para o melhor tratamento.
Suavizar o desespero dos nus é gesto cristão, porém, ofertar-lhes roupas para vestir é a caridade nas linhas de frente.
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Compensar o sedento com palavras bem postas é muito bom para quem ouve, se primeiro entregarmos em suas mãos um copo de água fresca.
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Consorciemos, pois, com todos os tipos de infortúnios, aliemo-nos com todos os sofredores, sem nos afastarmos dos doentes e famintos de justiça, sem esquecermos que não devemos sofrer com eles, e sim ajudá-los para que eles possam sorrir conosco no empenho com o Cristo.
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A nossa obrigação é ajudar no alívio das criaturas, é fazer qual o cireneu na subida do Calvário, ajudando o Mestre, mas, nunca querer transferir o fardo de alguém para os nossos ombros, pois, já temos os nossos.
Como consolar certo, é uma ciência que depende de muita atenção, da ajuda do raciocínio e da inspiração dos sentimentos elevados, porque somente acertamos quando Deus fala pela nossa boca e, para tanto, preciso é que tenhamos AMOR.
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O consolo referido no versículo de Salomão é como o vento que passa sem qualquer benefício, por não participar das canções, a ação do bem.
(De “Gotas do Bem”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Carlos)