Como quem se despe num dia de frio, e como vinagre sobre
feridas, assim é o que entoa canções junto ao coração do aflito.
Pv.
25:20.
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Consolar é uma arte, pode-se dizer, engenhosa, que
requer muito discernimento e aplicação das leis que aprendemos no Evangelho de
Jesus. O faminto pede com urgência o pão, para depois ouvir conselhos sobre o
trabalho.
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Confortar alguém com certos problemas requer muita
compreensão. Ensinar pela teoria é muito fácil, mas nos colocando no lugar do
sofredor mudamos de opinião e passamos a ajudá-lo de forma diferente, pelo
exemplo.
Animar o doente nas horas de angústia é o nosso dever
comum, mas, não devemos esquecer dos remédios ou de encaminhá-lo para o melhor
tratamento.
Suavizar o desespero dos nus é gesto cristão, porém,
ofertar-lhes roupas para vestir é a caridade nas linhas de
frente.
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Compensar o sedento com palavras bem postas é muito bom
para quem ouve, se primeiro entregarmos em suas mãos um copo de água
fresca.
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Consorciemos, pois, com todos os tipos de infortúnios,
aliemo-nos com todos os sofredores, sem nos afastarmos dos doentes e famintos de
justiça, sem esquecermos que não devemos sofrer com eles, e sim ajudá-los para
que eles possam sorrir conosco no empenho com o Cristo.
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A nossa obrigação é ajudar no alívio das criaturas, é
fazer qual o cireneu na subida do Calvário, ajudando o Mestre, mas, nunca querer
transferir o fardo de alguém para os nossos ombros, pois, já temos os
nossos.
Como consolar certo, é uma ciência que depende de muita
atenção, da ajuda do raciocínio e da inspiração dos sentimentos elevados, porque
somente acertamos quando Deus fala pela nossa boca e, para tanto, preciso é que
tenhamos AMOR.
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O consolo referido no versículo de Salomão é como o
vento que passa sem qualquer benefício, por não participar das canções, a ação
do bem.
(De “Gotas do Bem”, de João Nunes Maia, pelo Espírito
Carlos)