quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ilusão do Reflexo




Um rei tinha presenteado sua filha, a princesa, com um belo colar de diamantes.

O colar foi roubado e as pessoas do reino procuraram por toda a parte sem conseguir encontrar.

Alguém disse que um pássaro poderia tê-lo levado, fascinado pelo brilho.

O rei então pediu a todos que voltassem a procurá-lo e anunciou uma recompensa de $50.000 para quem encontrasse.

Um dia um rapaz caminhava de volta para casa ao longo de um rio ao lado de uma área industrial.

O rio estava completamente poluído, sujo e com um mau cheiro terrível.

Enquanto andava, o rapaz viu algo brilhar no rio e quando olhou viu o colar de diamantes.

Decidiu tentar pega-lo de forma que pudesse receber os $50.000 da recompensa.

Pôs sua mão no rio imundo e agarrou o colar, mas de alguma forma o perdeu e não pegou.

Tirou a mão para fora e olhou outra vez e o colar estava lá, imóvel.

Recomeçou, desta vez entrou no rio imundo, emporcalhou sua calça e afundou seu braço inteiro para pegar o colar.

Mas estranhamente, ele perdeu o colar novamente!

Saiu e começou a ir embora, sentindo-se deprimido.

Então, outra vez ele viu o colar, bem ali. Desta vez ele estava determinado a pega-lo, não importava como.

Decidiu mergulhar no rio, embora fosse algo repugnante de fazer, tal a sujeira do rio e seu corpo inteiro tornou-se imundo. Mergulhou e mergulhou e procurou por toda a parte pelo colar, mas fracassou novamente.

Desta vez ele ficou realmente aturdido e saiu sentindo-se mais deprimido ainda já que, sem conseguir pegar o colar, não receberia os $50.000.

Um velho que passava por ali, o viu e perguntou-lhe o que estava havendo.

O rapaz não quis compartilhar o segredo com o velho, pensando que o velho poderia tomar-lhe o colar, então recusou-se a explicar a situação para o velho.

Mas o velho pôde perceber que o rapazinho estava incomodado e, sendo compassivo, outra vez pediu ao rapaz que lhe contasse qual o problema e ainda prometeu que não contaria nada para ninguém.

O rapaz reuniu alguma coragem e, como já dava o colar como perdido, decidiu pôr alguma fé no velho.

Contou sobre o colar e como ele tentou e tentou pegá-lo, mas não conseguia de maneira alguma.

O velho então lhe disse que talvez ele devesse tentar olhar para cima, em direção aos galhos da árvore, em vez de olhar para o rio imundo.

O rapaz olhou para cima e, para sua surpresa, o colar estava pendurado no galho de uma árvore.

Tinha, o tempo todo, tentado capturar um simples reflexo do colar.

A felicidade material é exatamente como o rio poluído e imundo; porque é um mero reflexo da felicidade verdadeira no mundo espiritual.

Não alcançaremos a felicidade plena que procuramos na vida material, não importa o quanto nos esforcemos.

Em vez disso, devemos “olhar para cima”, em direção a Deus, que é a fonte da felicidade real, e parar de perseguir o reflexo desta felicidade no mundo material.

Esta felicidade espiritual é a única coisa que pode nos satisfazer completamente.  

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PENSAMENTO DO DIA...


Melhorar




Melhore sempre as suas condições pessoais, pelo trabalho e pelo estudo, a fim de que você possa melhorar a vida, em derredor de você.
— o —
Obrigação cumprida será sempre o nosso mais valioso seguro de proteção.
— o —
Amplie quanto puder, a sua exportação de gentileza.
— o —
Fazer "algo mais que o próprio dever", em benefício dos outros, é criar um gerador de simpatia, em nosso auxílio.
— o —
Esqueçamos o que não serve para o bem, a fim de que se realize o melhor.
— o —
Reclamar é ferir-se.
— o —
Se você deseja vencer, aprenda a sorrir, além do cansaço.
— o —
O grupo familiar recorda a terra que produz para nós, segundo a nossa própria plantação.
— o —
Esperança vitoriosa é aquela que não deixa de trabalhar.
— o —
Guarde as suas impressões infelizes para não prejudicar o caminho dos outros.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

LADO DE LUZ




        As provas na Terra apresentam sempre o lado de luz de que são mensageiras.
        Entretanto, para observá-lo, urge reconhecer os sinônimos espirituais de que essas mesmas provas se revestem, como sejam:
        encargo difícil — privilégio;
        dever cumprido — senda libertadora;
        rotina — conquista de competência;
        solidão — tempo de pensar;
        contratempo — aviso benéfico;
        contrariedades no cotidiano — treino de paciência;
        tribulação de improviso — socorro específico;
        moléstia súbita — apoio de emergência;
        lesão congênita — corrigenda no espírito;
        adversários — fiscais proveitosos;
        crítica — apelo a burilamento;
        censura — convite a reajuste;
        ofensa — invocação à tolerância;
        menosprezo — teste de amor;
        tentação — curso de resistência;
        fracasso — necessidade de revisão;
        lar em discórdia — área de resgate;
        parente complexo — dívida em cobrança;
        obstáculo social — ensino de humildade;
        deserção de afetos — renovação compulsória;
        golpes — aulas para discernimento;
        desilusão — visita da verdade;
        prejuízo — identificação de pessoas;
        decepções — informes claros;
        renúncia — rumo certo;
        crise — aferição de valor;
        sacrifício — crescimento espiritual;
        Meditemos na significação oculta dos problemas com que somos defrontados no mundo e saibamos aproveitar, enquanto no Plano Físico, a nossa abençoada escola de elevação.
Emmanuel
(De “Busca e acharás”, de Francisco Cândido Xavier, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Prece para as vitimas de Santa Maria.


“Senhor onipotente, que a tua misericórdia se estenda sobre os nossos irmãos que acabam de deixar a Terra! Que a tua luz brilhe para eles! Tira-os das trevas; abre-lhes os olhos e os ouvidos! Que os bons Espíritos os cerquem e lhes façam ouvir palavras de paz e de esperança!" ♥ 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

TENHA UM ÓTIMO FIM DE SEMANA!




"Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante, alegrar alguém com uma canção, mostrar o caminho certo, cumprir meu dever como cristão, que é divulgar a mensagem que Cristo deixou, então minha vida não terá sido em vão". 

Martin Luther King Jr.

“É melhor acender uma vela que amaldiçoar a escuridão.”



     
       Quanta gente se habitua a lamentar a vida, critica “Deus e o mundo”, como se diz popularmente, e nada faz para remediar, sequer amenizar a situação.
       Como é fácil atirar pedras, apontar o dedo, azedar um relacionamento por ninharias, perder um amigo ou um vizinho por coisas mesquinhas, periféricas, sem grande importância?
       A sabedoria oriental nos propõe uma solução sempre possível: acender uma vela em vez de amaldiçoar a escuridão ou, dito de outro modo, procurar fazer alguma coisa, o que for possível, pelo menos, em vez de simplesmente reclamar.
       Pode ser que nossas tentativas não resultem o esperado, mas pelo menos tentamos.
       Fugir ao simples ato de reclamar não é tão fácil quanto parece, mas é indispensável para que surjam a força e a iniciativa para a mudança que se faz necessária.
       Comecemos agora!


(De “Dia a Dia” – Conceitos para viver melhor —  de Paulo R. Santos)
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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Coragem




        Conservar a coragem por luz acesa, no centro de nossa alma, é serviço que apenas a fé invencível consegue realizar.
        Coragem de transpor os espinheiros e os charcos da jornada humana...
        Coragem de sorrir compadecidamente para aqueles que nos magoam...
        Coragem para ajudar aos que nos ferem...
        Coragem de recomeçar a construção dos nossos ideais sobre as ruínas de nossos próprios sonhos...
        Coragem de prosseguir amando aqueles que se convertem, irrefletidamente, em adversários gratuitos de nossa paz...
        Coragem de usar a tolerância para com o mal dos outros e de aplicar a justiça para com o mal de nós mesmos...
        É para essa coragem que Jesus nos chama, da cruz de sacrifício em que nos legou o supremo perdão.
        É preciso saber com Ele “tudo perder para tudo encontrar”.
        E, nas chagas de cada dia, sobre a Terra, surpreendemos o abençoado ensejo de alijar as sombrias cargas de nosso pretérito culposo para fruir a verdadeira felicidade a que o Céu nos destina.
        Para alcançarmos semelhante vitória, porém, é necessário que a coragem seja a nossa companheira de todos os instantes no pedregoso caminho de nossa ascenção.
        Não podemos dispensar o bom ânimo nas tarefas a que fomos arrebatados.
        Procuremos observar a vida não como a “existência fragmentária no século”, mas sim em sua totalidade sublime. E estejamos certos de que na contemplação dessa realidade, viveremos conformados ante os Desígnios de Deus que, pouco a pouco, ante a extinção das causas de nossos padecimentos morais, nos modificarão a estrada no rumo bem-aventurado do porvir.
Agar
(De “Relicário de Luz”, de Francisco Cândido Xavier – Autores diversos)
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

“Os cães ladram e a caravana passa.”



       Quantas  vezes  nosso  trabalho,  feito  com  a  melhor  das  intenções,  mesmo  que imperfeitamente ou  sem  atender  ao  gosto de   todos,  mas  dentro  de  nossas  possibilidades,  sofre  críticas  injustificadas,  destituídas  de  fundamentação   e,  principalmente,  feitas  muitas  vezes  às  escondidas,  como  se  pretendesse  evitar  a  verdade.
       Diante  de  situações  assim  vale  o  antigo  provérbio  árabe:  “os cães ladram e a caravana passa”.
       A  menos  que  a  crítica  seja  fundamentada,  ou  da  qual  possamos  tirar  algum  proveito  para  o  aperfeiçoamento  de nosso  trabalho  e  proceder,  prossigamos  trabalhando  em  silêncio,  mas  trabalhando,  pois  se  perdermos  tempo  nos  ocupando  com  as  críticas  oriundas  de  quem  está  de  braços  cruzados,  perderemos  oportunidades  preciosas  de  progresso,  além  de  cairmos  no  jogo  destruidor  do  desânimo  que  desmotiva  e  paralisa  nossas  forças.

(De “Dia a Dia” — Conceitos para viver melhor — de Paulo R. Santos)
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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

VIDA FELIZ



       Se algum projeto que elaboraste redundou em fracasso, não te aborreças, nem o abandones por isso.
     O aparente fracasso é a forma pela qual a Divindade te ensina a corrigir a maneira de atuar, facultando-te repetir a experiência com mais sabedoria.
     Quem se recusa a reencetar o trabalho, porque foi mal sucedido antes, não merece desfrutar o êxito dos resultados.
     A arte de recomeçar é medida de engrandecimento para quem aspira mais altos cometimentos.
     Ninguém logra respostas felizes, sem as tentativas do insucesso.
     A vida é constituída de lições que se repetem até fixarem-se corretamente.

(De VIDA FELIZ, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

RECANTO DE PAZ




        Há quem pergunte como servir à causa da paz.
        Semelhante tarefa não será privativa daqueles que se encarregam da direção do Mundo?
        A paz do Mundo, no entanto, é a soma de todos os esforços das criaturas, nos domínios da pacificação.
        Reflitamos nisso e atendamos à nossa parte, quanto se nos faça possível.
        Deixa que a fonte do amor se te desate do coração.
        Acende no cérebro a luz do pensamento reto.
        Transforma o trabalho de cada dia num cântico de bênçãos.
        Observa os compromissos assumidos por leis da própria consciência.
        Transita nas vias do bem aos semelhantes.
        Respeito o tipo de existência que os outros escolheram para si mesmos,  como desejas que a tua própria vida seja respeitada.
        Ergue em ti um sinal vermelho para os comentários infelizes.
        Hospitaliza agressores e maldizentes em tua clínica de orações.
        Não desperdices a riqueza do tempo, comprando remorso com queixas inúteis.
        Veste a armadura da paciência para que consigas agir e reagir construtivamente, onde te encontres.
        Instala a boa palavra nas estruturas verbais que te manifestam.
        Ouve com atenção, aguardando sem  pressa a tua vez de falar.
        Não desconsideres pessoa alguma.
        Resguarda no arquivo da prece os obstáculos e problemas que te desagradam, a fim de que não te destaques por motivo de aflição nas estradas alheias.
        Aceitas os outros tais quais são, sem o propósito de corrigi-los ou aperfeiçoá-los à força.
        Aprende com modéstia e ensina sem exigência.
        Auxilia sem cobrança.
        Não solenizes as provações de que necessitas para melhorar o próprio caminho.
        Diante das ofensas, imuniza-te na terapêutica do perdão.
        Espera o momento propício destinado a esclarecer o ponto difícil que haja surgido em teu relacionamento com os demais.
        Não exijas do próximo aquilo que o próximo ainda não possui para dar.
        Não mentalizes o mal com inquietações imaginárias, e sim colabora na construção do melhor que deve acontecer.
        Serve sem dependurar algemas nos pulsos de teus irmãos.
        E, prosseguindo adiante, converter-te-ás em coluna da segurança geral.
        Em verdade, a Divina Providência não pede para que te transformes, de imediato, numa estrela que dissipe as sombras da perturbação onde assombras da perturbação estejam dormindo na Terra. O Céu espera sejas, ainda hoje, onde estiveres, um recanto vivo da paz.

Emmanuel
(De “Diálogo dos Vivos”, de Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires – Espíritos diversos)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

SUA RELAÇÃO COM O PENSAMENTO



       Tão importante quanto a chegada do ser espiritual ao corpo físico, no fenômeno da reencarnação, é a sua saída do corpo fisiológico, quando da desencarnação.
        Num caso, o evento ganha aspecto de gravidade em função das responsabilidades trazidas à vida física pelo reencarnante, as expectativas sobre os passos e caminhos a serem percorridos no mundo corporal e quanto ao maior ou menor aproveitamento das ocasiões com as quais o reencarnado se defrontará...
        Porém, a gravidade da saída das cadeias celulares está no fato de que nessa ocasião, ao termo de mais uma etapa, estará determinado o nível dos méritos e dos deméritos desenvolvidos pela alma desprendida do corpo carnal. Não há mais como remediar as decisões mal tomadas, não há mais como voltar atrás quanto às providências que se tornaram causa de perturbação ou tragédia para muitos ou para poucos.
        A seriedade do momento final do corpo orgânico está também nos registros psíquicos dos desencarnados e na repercussão desses registros sobre o corpo espiritual ou períspirito.
        A manutenção das situações ruins ou a fruição das agradáveis estesias, tudo se intensifica por meio da desencarnação.
        No mundo das mentalidades comuns, “morrer é descansar”. Poucos avaliam contudo, o que significará “descansar” para quem converteu a etapa da vida corporal em tormentoso inferno...
        Há pessoas que dizem que “quem morreu se libertou”. A que corresponderá “libertação” para quem passou a vida corporal confeccionando cadeias e amarras, através de incontáveis desestruturações”.
        Há, ainda, quem afirme que “quem morre vai para o céu” ou “para o inferno”, por causa dos parâmetros ideológicos de suas crenças religiosas mal orientadas, ou de filosofias estapafúrdias que são verdadeiros atentados à maturidade e ao bom senso.
        A realidade do “céu” e do “inferno” instala-se no interior de cada um pelo que fez ou deixou de fazer ao longo da lida terrena.
        Quanto a você, como se acham as suas concepções em relação à “morte”? Já se deixou envolver pelas claridades dos ensinamentos de Jesus, que o Espiritismo reforça, ou ainda vem se arrastando por entre medos e superstições, escravizado pela ignorância que maltrata a tanta gente?
        Para aperceber-se do seu nível de maturidade perante a morte, bastará que analise como vem se pautando no seio da reencarnação. O dito popular que exprime que “tal vida, tal morte”, analisado em termos espirituais é corretíssimo. Valendo-nos desse refrão, poderemos estabelecer que “tal sua visão da vida, tal será sua visão da morte”.
        Assim, procure pensar nas responsabilidades do renascimento da alma em novo corpo físico, quando ela chega repleta de sonhos de progresso e embelezamento, mas não perca a seriedade quanto à experiência oposta, ou seja, a do processo fisiológico, quando ela retorna ao Grande Lar com a leveza ou com o peso do que haja realizado de nobre ou de desastroso, o que o ajudará muito a pautar-se bem no trajeto terreno, desenvolvendo relação de madureza com as questão do passamento.
        Não há porque temer-se a morte, quando se vive reta e dignamente. Não há porque contar com regalias celestiais após a vida física, quando a sua rota humana segue marcada pela inconsequência, por inconsistências morais, ou por descaso para com as “coisas do Alto”.
        Apoie-se no bem continuado, seja onde, como ou com quem for, e, sem qualquer temor ou preocupação, ponha-se nas Mãos de Deus para que Ele decida qual será o melhor tempo, ideal momento, para que você retorne, fortalecido e protegido pelas venturosas coberturas que você vem construindo para si mesmo.

       Meditação: Orai e crede! Pois que a morte é as ressurreição, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro. (Cap. VI, item 5, segundo parágrafo, ESE).
(De “Para uso diário”, de J. Raul Teixeira, pelo Espírito Joanes)
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BOM DIA


"Em todas as lágrimas há uma esperança". 

Simone de Beauvoir, escritora, FRA, 1908-1986

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

ORAÇÃO DA FELICIDADE



Senhor,
Permita-me ser feliz, mesmo diante de minha própria ignorância e superando as condições adversas em que renasci.
Deixa-me, enquanto busco sair de meus equívocos, sentir alegria e viver com determinação, confiante na Sua misericórdia.
Consinta-me, enquanto ajudo o meu próximo, tão sofredor quanto eu, perceber a vitalidade nas coisas e a grandeza da Vida.
Encoraja-me para que, mesmo na dor ou no sofrimento, na luta diária pela minha subsistência, eu viva com coragem e consciência de minhas limitações, buscando superá-las com harmonia.
Deixa-me levar aos outros a felicidade de que sou portador e a certeza de que minha força vem de nossa íntima e perene ligação.
Conceda-me a ventura de, tanto quanto enxugar a lágrima, também entender o sentimento que a fez surgir, transformando-a no amor que traz a felicidade.
Incentiva-me a alcançar a felicidade possível, disseminando-a por onde passar, a serviço do Seu infinito amor.
Permita-me continuar dono de meu destino, com a capacidade de administrar minha liberdade, a serviço da construção de um mundo melhor.

(Do livro “Felicidade sem culpa” – Adenáuer Novaes).

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

PONTE SUSPENSA


Dedica-te  a  estreitar
A  distância  entre  os  outros.
Promove  o  entendimento
Das  partes  em  conflito.
Não  instigues  ninguém
A  maior  desavença.
Se  o  bem  se  lhe  impõe
O  mal  não  se  propaga.
Sê  um  traço de  luz
Onde  a  treva  se  estende...
Uma  ponte  suspensa
Entre  as  margens  do  abismo.


(De “Pão da Alma”, de Carlos A. Baccelli —
pelo Irmão José)

MUNDO



Não condenes o mundo
Ao invés de ampará-lo.

A mesa que te nutre
Veio da própria Terra.

Flores fazem perfume
Na química do chão.

Olha a lagarta humilde,
Dando a seda custosa.

A Terra pede auxílio,
Não reclama censura.

Não te esqueças que o
Mundo
      É criação de Deus.

(De “Espera servindo”, de Francisco
Cândido Xavier, pelo Espírito
Emmanuel)

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

NÃO SABEM



        Muitos companheiros da Terra que perderam entes queridos em processos de crueldade estimariam ouvir-lhes as impressões do Mais Além, com referências à provas sofridas ao se despedirem do Plano Físico.
        E as respostas, comumente, lhes soariam aos ouvidos, insuflando-lhes surpresa e admiração.
        Os desencarnados que se reconhecessem livres das estreitezas humanas lhes surgiriam ao entendimento por advogados de seus próprios algozes.
        Filhos abatidos pelas armas de salteadores infelizes pediriam o perdão dos pais em benefício deles, , compreendendo-lhes os suplícios da consciência culpada; pais sacrificados por pessoas inescrupulosas solicitariam a tolerância e a bondade dos descendentes para quantos lhes promoveram a destruição da existência terrestre; criaturas violentadas no próprio corpo e seviciadas até a desencarnação suplicariam o socorro dos entes amados para aqueles que lhes impuseram a morte; e amigos massacrados por agressores voltariam da Vida Maior,  implorando compaixão para quantos lhes tramaram a perda.
        Se, algum dia, tiveres de ouvir os seres queridos, transportados para a Vida Superior, sob pesados golpes da delinquência, não guardes ideia de condenação e vindita. Quantos deles já se encontrem identificados com os ensinamentos de Jesus, te rogarão piedade e amor para com os perseguidores que os feriram, de vez que todos aqueles que atormentam e arrasam os seus próprios irmãos não sabem o que fazem.
Meimei
(De “SOMENTE AMOR”, de Francisco Cândido Xavier – Maria Dolores e Meimei)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

OS ANIMAIS NO MUNDO ESPIRITUAL



A existência de certos animais, normalmente domésticos, no mundo espiritual, descritas em obras mediúnicas, tem levantado críticas que chegam a dizer que essas descrições não são Doutrinárias. Porém, existe um interessante caso de uma cachorrinha chamada Mika, relatado na Revista Espírita de maio de 1865, que, depois de morta, é percebida pelos seus donos, fato esse que torna o assunto merecedor de mais atenção, para não cairmos em conclusões equivocadas. Vejamos o relato:

“Ultimamente, pelo meio da noite, estando deitado, mas não dormindo, ouço partir dos pés de meu leito aquele gemidinho que soltava a pequena galga, quando queria alguma coisa. Fiquei de tal modo impressionado que estendi o braço fora do leito, como se a quisesse atrair para mim e julguei mesmo que ia sentir suas carícias. Ao me levantar de manhã, contei o fato à minha mulher, que disse: ‘Ouvi a mesma voz, não uma, mas duas vezes. Parecia vir da porta de meu quarto. Meu primeiro pensamento foi que a nossa pobre cadelinha não estava morta e que, escapando da casa do veterinário, que dela se teria apropriado graças à gentileza, queria voltar à nossa casa”.

E prossegue ainda: “Minha pobre filha doente, que tem sua caminha no quarto da mãe, afirma que também ouviu. Apenas lhe pareceu que a voz não partia da porta de entrada, mas do próprio leito de sua mãe...”.

Tudo poderia ser bem simples, se déssemos alguma outra causa ao som que foi ouvido. Porém, as palavras de um espírito sobre o ocorrido, realizada em comunicação mediúnica, em 21 de abril de 1865, pelo médium Sr. E. Vézy, na mesma Revista Espírita, pode alterar o rumo das conclusões, e esse espírito diz, textualmente: “A manifestação, portanto, pode ocorrer, mas é passageira...”, podemos, então, partir para a hipótese de que, se essa opinião for verídica, a frase encontrada em O Livro dos Espíritos, questão 600 (sobre os animais): “Não lhe é dado tempo de entrar em relação com outras criaturas” poderá ser interpretada como uma tendência geral, e não como princípio absoluto e inflexível.

Por outro lado, a afirmação sobre a erraticidade, encontrada em O Livro dos Médiuns (Capítulo XXV, das Evocações): “Assim, no mundo dos Espíritos não há Espíritos errantes de animais, mas somente Espíritos humanos”, muito utilizada para questionar a existência dos animais no mundo espiritual, é facilmente resolvida. Ora, na questão 600 de O Livro dos Espíritos, o conceito de errante é claramente relacionado, exclusivamente com o espírito humano: “O Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua livre vontade”; dessa maneira, não existem espíritos de animais errantes, pois estes não pensam como os seres humanos, nem têm o correspondente livre-arbítrio; entretanto, isso não quer dizer que não existam animais no plano espiritual, já que, “errante”, segundo evidenciam os espíritos, é uma condição tipicamente humana. Podemos fazer uma analogia, para entendermos melhor o assunto, lembrando o conceito de “cidadão”, na Grécia Antiga, que era relacionado apenas a uma minoria de homens livres, o que não excluía da realidade social a existência de outras pessoas, como as mulheres. Pensando dessa maneira, podem existir animais, no plano espiritual, porém, errantes, somente os espíritos humanos desencarnados.

O pesquisador espírita italiano, Ernesto Bozzano, autor de diversas obras, entre as quais, um livro, “A Alma nos Animais”, publicado, originalmente, em italiano, com o título Animali e manifestazioni metapsichici, em 1923, portanto, antes da série André Luiz, relata vários casos de espíritos de animais que são vistos ou ouvidos por uma pessoa ou várias, aumentando a possibilidade de esses fatos serem verdadeiros (1). Um dos casos estudados por esse autor descreve o aparecimento de uma gata, depois de morta. Vejamos as conclusões de Ernesto Bozzano sobre o caso:

O caso acima mencionado é bastante interessante e significativo, primeiro por causa da natureza inquestionável do fato; depois, porque o fantasma foi visto por quatro pessoas em momentos diferentes, o que elimina a hipótese de alucinação pura e simples. Tendo em vista este fato, apenas duas hipóteses podem explicar o caso: a primeira consistiria na suposição de que se tratava da visão de uma gata viva que teria sido confundida com a gata falecida; a segunda seria a hipótese espiritual-telepática. Refiro-me à primeira explicação pelo simples dever de relator, pois nossos leitores já terão percebido que esta suposição não se sustenta perante a análise das circunstâncias. Primeiramente porque, no caso em análise, tratava-se de uma gata exótica, única do seu tipo, no local onde o acontecimento se passou, e caracterizada por uma pelagem típica dos gatos persas, circunstâncias estas que tornariam absurdo pressupor que quatro pessoas, em plena luz do dia, tivessem podido se equivocar na identificação. Em seguida, porque observamos que a gata apareceu mancando, exatamente como o animal morto. Em terceiro lugar, porque a gata-fantasma não apresentou sinais em nenhum momento de que ouvia as pessoas chamarem-na – o que teria sido inverossímil caso se tratasse de uma gata viva, e que, em contrapartida, constitui um traço característico da maior parte dos fantasmas telepáticos e espiritual-telepáticos, que não possuem a consciência do meio em que se encontram. Finalmente, não devemos esquecer que o pequeno fantasma desapareceu inúmeras vezes diante dos percipientes de uma maneira sutil e inexplicável. Sem nada a acrescentar, o que acabo de afirmar é suficiente para demonstrar que a hipótese da visão de uma gata viva, vista por quatro pessoas que a confundiram com a gata falecida, não se sustenta diante do exame dos fatos. Somos obrigados a concluir que o episódio em questão é certamente um exemplo autêntico de aparição do fantasma de um animal defunto.

José Herculano Pires, no livro “Mediunidade, Vida e Comunicação”, tem uma opinião interessante sobre esses fenômenos que vale também a pena citarmos:

A sobrevivência da forma animal confirma a teoria espírita a respeito, enquanto a psicocinesia revela a possibilidade de controle dessas formas pelo poder mental dos espíritos. As manifestações de fantasmas-animais não são naturalmente conscientes como as de criaturas humanas, mas são produzidas por entidades espirituais interessadas nessas demonstrações, seja para incentivar o maior respeito pelos animais na Terra, seja por motivos científicos.

Na visão de Herculano, os fantasmas animais não apareceriam de forma espontânea, mas somente através da vontade de espíritos humanos; só resta saber se o elemento espiritual dos animais que sofre a ação dos espíritos estaria realmente vivo ou se trata de uma aparência. Se os princípios espirituais de certos animais poderiam ser vistos pelos encarnados, sob a ação dos Espíritos, poderiam muito bem existir, no plano espiritual, sob essa mesma ação, sem que isso tivesse o poder de alterar a Lei Geral (L.E. questão 600) e de serem, na grande maioria, quase imediatamente utilizados. Da mesma maneira que o princípio geral de ir e vir, presente na Constituição brasileira, não é alterado por algumas restrições a esse direito, como, por exemplo, a necessária autorização para entrar em propriedade privada.

Não podemos esquecer a conclusão de Allan Kardec sobre essa problemática, escrita na Revista Espírita, de maio de 1865: “Quando tivermos reunidos documentos suficientes, resumi-los-emos num corpo de doutrina metódico, que será submetido ao controle universal. Até lá, são apenas balizas postas no caminho, para o esclarecer.” (2)

Notemos que, em maio de 1865, já tinha sido publicada a segunda edição de O Livro dos Espíritos e, com esse livro, a questão 600, e também O Livro dos Médiuns e, mesmo assim, Kardec entendeu que seria melhor reunir novos estudos, evitando uma palavra final sobre o assunto. Da mesma forma, Ernesto Bozzano, nas conclusões do seu livro “A Alma nos Animais”, não nos dá uma resposta categórica: “Eis o porquê da conclusão legítima de que tudo concorre para demonstrar a realidade da existência e da sobrevivência da psique animal; embora, conforme recomendam os métodos de pesquisas científicas, antes de nos pronunciarmos definitivamente a esse respeito, é necessário esperar um acúmulo posterior de fatos...”.

Essas conclusões não definitivas sobre os fatos e a necessidade de mais estudos obrigam os espíritas a serem mais cautelosos e, consequentemente, seria de boa educação guardar silêncio respeitoso, antes de classificar essas descrições de fantasiosas, ou antidoutrinárias, mesmo porque elas podem ser verdadeiras...

(1) No fenômeno da visão ou audição de espíritos de animais, não seria necessária a união fluídica entre o homem e o animal, como alguns pensam. Mesmo porque, essa união é impossível, devido à diferença evolutiva brutal entre ambos. Essas percepções de animais mortos entrariam, por isso, numa outra categoria de fenômenos, da mesma maneira que os Espíritos humanos podem aparecer para certos animais (Livro dos Médiuns em “Da Mediunidade nos Animais”) sem que exista nenhum intercâmbio fluídico entre ambos.

(2) Na Revista Espírita de setembro de 1865 (Alucinação nos Animais), A. Kardec deu a seguinte explicação para este fato: "UM OUTRO MOTIVO HAVIA FEITO ADIAR A SOLUÇÃO RELATIVA AOS ANIMAIS. ESSA QUESTÃO TOCA PRECONCEITOS HÁ MUITO TEMPO ENRAIZADOS E QUE TERIA SIDO IMPRUDENTE CHOCAR DE FRENTE". Quer dizer, Kardec necessitava de argumentos mais sólidos para seguir adiante em sua pesquisa sobre os animais, por isso, nesse mesmo artigo disse que: "QUANDO VIER A SOLUÇÃO DEFINITIVA, EM QUALQUER SENTIDO QUE ELA OCORRA, DEVERÁ SE APOIAR SOBRE OS ARGUMENTOS PEREMPTÓRIOS QUE NÃO DEIXARÃO NENHUM LUGAR À DÚVIDA;...". (Nota do A Era do Espírito)

Referência Bibliográfica

- KARDEC, Allan. Revista Espírita. Maio de 1865. Disponível em < http://www.febnet.org.br/site/ > Acesso em: 15 set. 2011.
- KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 67. ed. São Paulo: Ed. Lake, 2007.
- idem. O Livro dos Médiuns. 25. ed. São Paulo: Ed. Lake, 2007.
- PIRES, José Herculano. Mediunidade. 5. ed. São Paulo: Ed. Edicel, 1984.
- BOZZANO, Ernesto. A Alma nos Animais. Disponível em <
http://www.autoresespiritasclassicos.com/ > Acesso em: 15 set. 2011.