terça-feira, 27 de março de 2012

UM MOMENTO


Antes de negar-se aos apelos da caridade, medite um momento nas aflições dos outros.
Imagine você no lugar de quem sofre.
Observe os irmãos relegados aos padecimentos da rua e suponha-se constrangido a semelhante situação.
Repare o doente desamparado e considere que amanhã provavelmente seremos nós candidatos ao socorro na via pública.
Examine o ancião fatigado e reflita que, se a desencarnação não chegar em breve, não escapará você da velhice.
Contemple as crianças necessitadas, lembrando os próprios filhos.
Quando a ambulância deslize rente ao seu passo, conduzindo o enfermo anônimo, pondere que, talvez um parente nosso extremamente querido, se encontre a gemer dentro dela.
Escute pacientemente os companheiros entregues à sombra do grande infortúnio e recorde que em futuro próximo, é possível estejamos na travessia das mesmas dificuldades.
Fite a multidão dos ignorantes e fracos, cansados e infelizes, julgando-se entre eles e mentalize a gratidão que você sentiria perante a migalha de amor que alguém lhe ofertasse.
Pense um momento em tudo isso e você reconhecerá que a caridade para nós todos é simples obrigação.


(Obra: Mãos Marcadas - Chico Xavier/André Luiz)




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A tarefa primordial do discípulo é, portanto, compreender o caráter transitório da existência carnal, consagrar-se ao Mestre como centro da vida e oferecer aos semelhantes os seus divinos benefícios.


(Obra: Caminho, Verdade e Vida - Chico Xavier/Emmanuel)

PROGRAMA DE PAZ


Cumprir o próprio dever.
Ninguém tranquiliza ninguém, sem trazer a consciência tranquila.
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Usar boas palavras e bons modos.
Qualquer viajante da estrada sabe afastar-se do pé de laranja azeda.
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Desconhecer ofensas.
A vida não constrange criatura alguma a passar recibo numa serpente para atormentar-se com ela.
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Auxiliar indistintamente.
Se a fonte escolhesse os elementos a que prestar benefício, decerto que a Terra seria, francamente, um planeta inabitável.
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Não censurar.
A crítica nos traça a obrigação de fazer melhor do que aqueles que nós reprovamos.
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Abençoar sempre.
Qualquer trato de solo agradece o adubo que se lhe dê.
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Jamais vingar-se.
Pessoa alguma consegue ajudar a um doente fazendo-se mais doente ainda.
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Amar os inimigos.
A obra-prima da escultura nasce no sonho do artista que a concebe, mas não dispensa o concurso do buril que lhe dá forma.
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Não se lastimar por fracasso do caminho.
O Sol, em cada hemisfério do mundo, começa a trabalhar de novo, diariamente.
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Saber cooperar, a fim de receber cooperação.
O próprio Cristo não consegue sozinho realizar a obra de redenção da Humanidade e, em iniciando o seu apostolado na Terra, procurou doze companheiros que lhe serviram de base à divina missão.
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André Luiz
(De “Passos da Vida”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos diversos)