sábado, 8 de dezembro de 2012

ESTRELAS DE HUMILDADE

Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estrangeiro e não os teus lábios. Pv. 27, v. 2.

        Não deves anunciar as tuas qualidades, para que elas não se desfigurem.
        E o perigo maior é proclamar o que, por vezes, não possuis.
        A humildade é uma luz, senão estrelas, no firmamento consciencial. E essa virtude, dentro da sua pureza, não palavreia os seus feitos — trabalha no silêncio, por amar a todos.
        Humildade é amor a caminhar com os estropiados, a compreender os ignorantes, a ouvir o falador, a estudar os problemas alheios, cooperando na solução, sem o barulho da vaidade.
        É tranquilidade, na ofensa; alegria, nas dificuldades; otimismo, no bem; confiança, em meio ao desespero, e amor incondicional para com todos os seres.
        Nosso primeiro impulso é proclamar o que fazemos de bom. E, nesse entusiasmo, deixamos passar muita coisa, que é patrimônio dos outros. Por conseguinte, não devemos ser louvados por nossa própria boca. Nunca nos satisfazemos com o pouco que realizamos, com referência ao nosso anunciar.
        Quem fala em demasia, fica devendo muita coisa aos que o ouvem.
        A humildade é segurança para a alma, em todos os caminhos que ela percorre. É a baliza do homem nobre, é uma das lâmpadas que o Filho de Deus usa, na viagem infinita para a casa Paterna.
        Ajuda, sempre, e se possível, sem que o ajudado note a tua cooperação.
(De “Gotas de Paz”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Carlos)
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